Crédito de carbono para pequenos suinocultores
2005-07-26
A empresa de soluções ambientais AgCert está desenvolvendo, em parceria com a Embrapa Suínos e Aves, projetos de biogestores destinados a pequenos e médios suinocultores. Na sexta-feira a AgCert inaugurou na Granja Ressaca, em Bom Despacho (MG), projeto com potencial para comercialização de créditos de carbono, conforme as regras do estabelecidas pelo Protocolo de Kyoto.
Os modelos em desenvolvimento, chamados de Kit 100 e Kit 300, vão atender a produtores que não seriam contemplados devido aos custos de implantação dos projetos. Na Granja Ressaca com 3 mil matrizes, os biogestores custaram R$740 mil, segundo o gerente de operações ambientais da AgCert, Paulo Furtado. – Estamos estudando as condições de financiamento para os projetos voltados para pequenos e médio suinocultores – conta Furtado. No caso dos projetos maiores, a AgCert cobre todos os custos e os produtores recebem 10% dos créditos de carbono, gerados a partir da conversão do gás metano dos dejetos dos suínos em dióxido de carbono.
Segundo o pesquisador sênior da Embrapa Suínos e Aves, Paulo Armando de Oliveira, o convênio com a AgCert deverá ser assinado em 30 dias. O Kit 100, com capacidade de depósito de 100 m3 de biomassa será destinado a propriedades que possuam de 40 a 160 matrizes em ciclo completo, e o Kit 300, a propriedades com número de matrizes entre 75 e 300. O pesquisador destaca entre as vantagens do uso de biogestores o saneamento ambiental, os biofertilizantes e a produção de energia, se forem instalados geradores. (GM, 26/07)