Morte de baleias raras ficaram sem registro, denunciam cientistas
2005-07-26
Mais de 8 entre cada 10 mortes de baleias ficam sem ser descobertas, informam cientistas marinhos, que têm chamado ação de emergência para prevenir humanos de acidentalmente matarem esses animais. Em artigo publicado na revista Science, os pequisadores estimaram que as mortes no Atlântico Norte de determinadas espécies de baleias seguem sem registros em mais de 83% dos casos, anualmente. Pelo menos oito delas morreram nos últimos 16 meses, e acredita-se que haja apenas 350 exemplares desses animais.
Não há tempo para a proposição de ações de proteção a fim de mover um processo legislativo contra o governo federal, assinala Amy Knowlton, pesquisadora da New England Aquarium e uma das 18 co-autoras do estudo.–Não podemos esperar para lidar com uma mazela burocrática, acrescentou.
O artigo da Science, citando o Ato das Espécies Ameaçadas, conclama por regras de emergência para proteger as baleias contra ataques de navios e redes de pescadores, os dois principais meios pelos quais os humanos matam baleias. As regras propostas incluem a redução do número de navios em áreas de grande concentração de baleias e a diminuição da quantidade de linhas de pesca de peixe boiando na água. Outras restrições já estão em vigor, como a proibição de disputa de corridas de velocidade entre embarcações nessas áreas.
Segundo Teri Frady, porta-voz da Administração Atmosférica e Oceânica Nacional (NOAA) para o Serviço de Pesca, as regras para proteger as balaieas de redes de pesca devem entrar em vigor no final do ano, e as de restrição de circulação de navios vão star valendo a partir da primavera de 2006. (NY Times, 24/7)