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2005-07-26
Prefeitos de 173 cidades dos Estados Unidos decidiram ignorar a falta de ação na área ambiental por parte do governo federal e combater o aquecimento do planeta através do uso de tecnologias e programas inovadores em suas próprias circunscrições.

Os prefeitos coligados afirmam que podem tornar mais ecológica a vida urbana e ao mesmo tempo criar empregos e estimular as economias locais. O ponto de partida para a iniciativa municipal foi a retirada em 2001 pelo governo de George W. Bush da assinatura que seu antecessor, Bill Clinton, havia colocado no Protocolo de Kyoto, tratado internacional que estabelece reduções nas emissões de gases causadores do efeito estufa.

O documento entrou em vigor no último dia 16 de fevereiro nos 141 países que o ratificaram. Embora os Estados Unidos produzam mais de um quarto de todo gás que provoca o efeito estufa, Bush argumentou que a adesão ao tratado aumentaria os preços da energia e eliminaria cinco milhões de empregos no país, e ainda questionou conclusões científicas sobre o vínculo entre os gases causadores do efeito estufa, provocados pela queima de combustíveis fósseis e o aquecimento do planeta.

Na última cúpula do Grupo dos Oito, formado por Estados Unidos, Alemanha, Canadá, França, Grã-Bretanha, Itália, Japão e Rússia, Bush também bloqueou um acordo sobre a mudança climática, após tentar convencer seus pares da necessidade de apostar no desenvolvimento de novas tecnologias, em lugar de confiar no Protocolo de Kyoto. O comunicado final da cúpula, realizada este mês na Escócia, não incluiu acordos específicos para a redução das emissões dos gases que provocam o efeito estufa, como exigiam os ambientalistas.

Cansados de esperar alguma ação em favor do meio ambiente por parte das autoridades federais, a Conferência de Prefeitos dos Estados Unidos (nome da coalizão), acertou aplicar alguns aspectos do Protocolo em nível municipal. A conferência de Prefeitos aprovou por unanimidade no dia 13 de junho o Acordo entre Prefeitos para a Proteção do Clima, para cumprir ou superar em nível municipal as normas estabelecidas no tratado através da restauração de florestas, contenção da expansão urbana, desenvolvimento de tecnologias alternativas e educação pública. O Protocolo de Kyoto exige dos países industrializados que reduzam, em média, 5% suas emissões de gases causadores do efeito estufa entre 1990 e 2012.

Prefeitos de dentro e fora da Conferência continuam formalizando seus compromissos mediante a assinatura do acordo. Até o dia 15 deste mês, 173 prefeitos o assinaram. Os prefeitos também acordaram pressionar os governos estaduais e federal para cumprir os objetivos de Kyoto e forçar o Congresso a aprovar a Lei de Administração do Clima, que estabeleceria um sistema nacional de intercâmbio de emissões. - Não esperaremos que o governo federal faça algo para reduzir a produção desses gases. Tomaremos a iniciativa em nível local, cidade por cidade - , afirmou Greg Nickels, prefeito de Seattle. Mais da metade do mundo e 80% da população norte-americana vivem em áreas urbanas, e as cidades consomem 75% dos recursos naturais do planeta, destacou o Departamento de Meio Ambiente de San Francisco.

Na semana passada, 45 prefeitos da coalizão, incluindo os de Salt Lake City, Denver e Chicago, se reuniram em Utah, na fazenda Sundance do ator Robert Redford, para discutir iniciativas contra a mudança climática. A reunião foi organizada pelo Conselho Internacional para Iniciativas Ambientais Locais, patrocinado pela Organização das Nações Unidas e financiado em parte pelos fundos Pew Charitable Trust e Rockefeller Brothers. Executivos da consultoria britânica The Climate Group disseram nesse encontro que 17 prefeitos norte-americanos já reduziram suas emissões abaixo dos níveis de 1990 e economizaram um total de US$ 660 milhões através de medidas de eficiência. - Devemos compreender que nos preocuparmos com o clima é financeiramente uma vantagem competitiva, não uma carga -, destacou Steve Howard, diretor-geral do The Climate Group. Patrick McCrory, prefeito de Charlote, no Estado da Carolina do Norte, e presidente da associação de prefeitos do governante Partido Republicano, disse que a coalizão de prefeitos deve ser levada a sério devido à sua influência econômica. - Somos os que constroem ruas, projetamos o trânsito e compramos carros de polícia, caminhões rebocadores e máquinas escavadoras. Somos os que damos à Terra a luz que pode ser vista do espaço -, afirmou. - Juntos, temos um enorme poder aquisitivo, e se investirmos sabiamente, podemos produzir grandes benefícios para o meio ambiente -, acrescentou. Por sua vez, Nickels obteve na semana passada, entre 150 prefeitos, o Prêmio à Qualidade de Vida Urbana, por sua Iniciativa de Proteção do Clima.

Alguns elementos-chave desse programa são o desenvolvimento de ferrovias, ônibus elétricos e ciclovias, bem como o incentivo à carona para aqueles que venderem seu segundo automóvel. Seattle, líder nacional em reciclagem, conservação da água e eficiência de energia, também está aumentando o número de veículos híbridos (movidos a gás e eletricidade) e biodiesel, além de restaurar zonas de floresta e fazer com que a empresa municipal de energia, a Seattle City Light, não emita nenhum gás causador do efeito estufa. - Nos orgulha servir de exemplo para outras cidades. Não é necessário escolher entre o meio ambiente e a economia: é possível melhorar ambos-, afirmou o prefeito Nickels. O ator Robert Redford foi o promotor do encontro de 45 prefeitos norte-americanos para discutir as mudanças climáticas e tomar medidas em suas cidades para diminuir a poluição. (Eco Agência, 25/7)

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