Famurs propõe emprego de pneu descartado
2005-07-25
O presidente da Comissão de Municípios sem Acesso Asfáltico da Famurs, João Davi Goergen, está elaborando o mapeamento das obras rodoviárias estaduais, que será encaminhado ao Palácio Piratini. Goergen, também prefeito de Boqueirão do Leão, avalia a possibilidade de uso do asfalto ecológico - tecnologia de reaproveitamento de pneus descartados - para garantir a pavimentação nos acessos de 120 cidades. O asfalto-borracha foi usado em 600 quilômetros de rodovias brasileiras, a partir de experiência do Consórcio Univias no RS.
- Utilizamos pela primeira vez em agosto de 2001 em um trecho de um quilômetro da BR 116, entre Guaíba e Camaquã -, explicou o gerente de Engenharia da Univias, Paulo Ruwer. A durabilidade do asfalto-borracha supera em 150% a do convencional, embora o produto alternativo tenha custo 20% superior à camada asfáltica. Ruwer revelou que a técnica é empregada desde 1960 nos EUA, na Europa e na África do Sul. Segundo ele, a medida resultaria na economia de 120 mil toneladas do asfalto tradicional na pavimentação. - Para cada mil quilômetros de rodovias recapeadas com emprego de borracha, há uma economia de R$ 14 milhões em petróleo e de R$ 26 milhões em pedras -, ressaltou. Há no país apenas dois fornecedores do produto, um deles é a Petrobras. O governo também testa a durabilidade do asfalto enriquecido com borracha da reciclagem de pneus e terá resultados conhecidos em 40 dias. Na Capital, o secretário municipal de Obras e Viação, Cassiá Carpes, não pretende empregar asfalto-borracha, pois conta com usina de fabricação de asfalto convencional. Ele diz confiar na durabilidade do concreto. (CP, 23/07)