Acusado afirma que não vendeu créditos florestais
2005-07-25
O ex-diretor de Controle e Fiscalização (Dicof) do Ibama, Marcos Pinto Gomes, negou ter envolvimento com a venda de créditos florestais para madeireiros, mas admitiu ter recebido certa vez uma comissão do despachante Elvis Cleber Portela. Gomes foi o segundo a ser interrogado na quinta-feira (21/07). Também foi ouvido o comerciante Wilson Rosseto.
O ex-diretor confirmou em juízo ter recebido R$ 500 de Portela por ter indicado a ele compradores de crédito florestal. A transação, segundo Gomes, é legal e não representava conflito de interesses, uma vez que não cabia a ele fiscalizar empresas de reposição florestal. Gomes confirmou ainda ter recebido comissão de outra pessoa anteriormente, no valor de R$ 1,8 mil. O servidor público negou as acusações feitas pelo fiscal Luiz Duarte, de que chegava a receber até R$ 20 mil mensais para liberar cargas de madeira vindas da Bolívia. Já Rosseto negou ter conhecimento de qualquer esquema de corrupção no Ibama ou negociar ATPFs. Ele disse que não vendeu um carro importado em troca de 60 guias de ATPF-s. (DP) (AN, 22/07)