Iniciativas para novas plantas nucleares traz preocupações aos EUA
2005-07-25
Quando a indústria nuclear olha para as iniciativas da administração Bush de promover uma nova geração de plantas de energia nuclear, vê uma conta gigante. Os críticos vêem uma grande nuvem de cogumelo. Para os investidores e para quem paga impostos, trata-se de uma questão de mercado. Ninguém conseguiu uma autorização para instalar planta nuclear nos Estados Unidos desde 1973, mas um comitê do Senado está articulando um projeto de lei sobre energia que inclui uma pisada de freio significativa nos propósitos de fazer reviver essa moribunda indústria. Não importa os resultados da lei, especialistas em finanças e companhias predizem que tais restrições legislativas poderiam colocar em risco o lançamento de novas plantas em uma década, quando muito.
Atrasos na abertura de um depósito de armazenamento de resíduos em Yucca Mountain, Nevada, acrescentaram ainda mais incerteza quanto à construçãode plantas nucleares. A Dominion, com sede em Virgínia e que serve a nove Estados e opera quatro plantas nucleares, está entre as companhias consideradas com maior probabilidade de construir uma nova planta.
O Departamento de Energia divide com a indústria os custos de selecionar novos sítios para novas plantas. Várias propostas no projeto de lei de energia deveriam deixar aos contribuintes os custos do licenciamento e da geração de novas plantas, oferecendo garantias e coberturas contra acidentes. Uma proposta da Casa Branca poderia proteger os investidores contra questões regulatórias, refreando os custos de certos tipos de atrasos. Alguns legisladores dariam à indústria proteção contra a flutuação nos preços da eletricidade. Para alguns parlamentares, essas medidas seriam justificáveis porque a energia nuclear poderia reduzir a dependência do país em relação à compra estrangeira de petróleo, além do que diminuiria o problema do aquecimento global, relacionado às emissões de combustíveis fósseis. (Washington Post, 24/7)