A administração pública espanhola comprará, em caráter excepcional , terrenos na região litorânea, inclusive se estenderem-se para além da zona denominada como de domínio público, para corrigir, no possível, os efeitos indesejáveis da ocupação costeira e da urbanização excessiva. O anúncio foi feito nesta semana pela ministra do Meio Ambiente, Cristina Narbona.

Narbona fez essas declarações aos jornalistas durante um recesso da Conferência Setorial de Meio Ambiente, iniciada na quinta-feira da semana passada (14/7) em Madri, a qual será concluída amanhã (23/7) em Madri, com a presença dos responsáveis máximos deste âmbito na Administração Central das províncias autônomas. – Cremos que boa parte do litoral mediterrâneo e dos arquipélagos requer alguma que outra atuação deste tipo para recuperar ou preservar espaços muito valiosos do ponto de vista ambiental, disse a ministra.

Depois de explicar que a iniciativa é coordenada com a administração das provínicias autônomas e tem caráter excepcional, e não geral, Narbona reiterou que o programa servirá também para realizar a compra de terrenos adjacentes aos de domínio público. Segundo explicou, as compras afetarão espaços que, por seu valor ecológico ou pela necessidade de fazer acessíveis praias ao conjunto da cidadania, necessitem de uma intervenção deste tipo, seguindo o exemplo de outros países, como a França, onde inclusive existe um organismo público que se dedica exclusivamente à compra de espaços no litoral, para protegê-los. (El Mundo, 18/7)