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2005-07-21
Toda a população da Grande Vitória é afetada pela poluição do ar, variando apenas o grau de comprometimento da saúde das pessoas. E mais: de cada 100 internações no Hospital Infantil Nossa Senhora da Glória (HINSG), três são causadas por poluentes atmosféricos. Sobre os moradores da Grande Vitória, a CST - Arcelor e CVRD lançam 264 toneladas diárias de poluentes (96.360 toneladas/ano).

A relação das internações no HINSG e a poluição foi confirmada em pesquisa, cujos dados foram divulgados nesta quarta-feira (20) pelo professor doutor Paulo Saldiva, da Universidade de São Paulo (USP). Ele participou do seminário promovido por A Gazeta, sobre qualidade do ar.

Financiada pelas poluidoras CST-Arcelor e CVRD, a pesquisa foi realizada em dois períodos. O primeiro deles, de 1993 a 1997, foi baseado na correlação do SO² com internações. Em 1993, de cada 100 internações no HINSG, 9% eram de doenças provocadas pela poluição. A pesquisa foi feita com os dados disponíveis, que pouco retratavam a realidade, como reconhece o professor.

Na segunda fase, nos anos 1993 e 1994, 6% das internações no hospital foram de pacientes contaminados pela poluição. A média do período, destaca Paulo Saldiva, foi de 3% das internações causadas pela poluição.

Mas em alguns bairros, como Jardim Camburi, a população é afetada de modo muito mais grave: de cada 100 pessoas, 4,5% têm doenças causadas pela poluição. O bairro fica ao lado das poluidoras Companhias Siderúrgicas de Tubarão (CST) - Arcelor e Vale do Rio Doce (CVRD). O aumento das internações se dá de três a quatro dias após o aumento da poluição.

Além da CST - Arcelor e CVRD, que poluem a Grande Vitória, a região é prejudicada pela Belgo - Arcelor. Mas os poluentes desta empresa não foram incluídos nas 264 toneladas/dia de poluentes, só no ar. São 96.360 toneladas/ano de 59 tipos de gases lançados sobre a população, sendo 28 altamente nocivos, que provocam doenças alérgicas, respiratórias e, entre outras, alguns tipos de câncer. Os gases são emitidos principalmente pela CST, e os materiais particulados, pela CVRD.

Paulo Saldiva destacou que não há possibilidade de a poluição não afetar a saúde das pessoas. Excesso de poluição, excesso de mortes, sentenciou o professor. Tal observação é feita desde a década de 40 do século passado. As primeiras normas surgiram em 1956.

O professor lembra que chove chumbo vindo da China sobre os Estados Unidos e o Brasil. E que, 30% das PM-10 (partículas inaláveis) permanecem no pulmão por dias, meses, anos ou para sempre. Em alguns lugares, como em São Paulo, o risco de morrer após um dia sujo por elevação nas taxas de PM-10 é 12% maior. Uma pessoa que mora em São Paulo perde de dois a três anos de vida pela poluição.

O período de maior incidência das doenças respiratórias causadas pela poluição vai de maio a outubro. Para alguns poluentes, como as PM-10 e Ozônio, não há índice de segurança, como estará definido nas novas normas que a Organização Mundial de Saúde (OMS) publicará brevemente sobre a poluição. (Século Diário, 20/7)

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