BR 101: liberada extração de areia
2005-07-21
A Fepam emitiu parecer favorável ao licenciamento ambiental envolvendo a extração de 2,1 milhões de metros cúbicos de areia para a duplicação da BR 101, no trecho Osório Torres. O volume corresponde a 55,59% dos 3,8 milhões de metros cúbicos de areia necessários durante os três anos de execução do projeto. Das 15 áreas envolvendo os processos encaminhados à gerência executiva do Ibama, na Capital, responsável pela concessão da licença operacional nas jazidas porque se trata de obra federal, a primeira foi liberada ontem, em Osório. Do local, a Bolognesi Engenharia, que executará as obras entre os quilômetros 77 e 99, começou a retirar areia, com limite de extração de 235 mil metros cúbicos.
- Avaliamos ainda 21 pedidos visando à liberação de 1,5 milhão de metros cúbicos de areia na região, disse o diretor-presidente da Fepam, Claudio Dilda. Falta definir de onde serão extraídos os 200 mil metros cúbicos restantes para o empreendimento. Entre os pareceres enviados ao Ibama, está a autorização para a Bolognesi extrair em ponto com capacidade de 259 mil metros cúbicos. — Precisaremos de 750 mil metros cúbicos de areia para as obras do trecho de 22km sob a nossa responsabilidade, destacou o superintendente operacional da Bolognesi, Valmor Vasem. A construtora Queiroz Galvão, que executará 77 quilômetros da BR 101, entre Torres e o acesso a Capão da Canoa, precisará de 3,05 milhões de metros cúbicos de areia.
A jazida que teve a operação viabilizada ontem fica em área considerada inadequada pelo Zoneamento Econômico-Ecológico. - Buscávamos um termo de compromisso ambiental com os empreendedores responsáveis, visando desativá-la, afirmou o arquiteto Manoel Eduardo Marcos, coordenador do Serviço da Região Litoral da Divisão de Qualidade Ambiental da Fepam. Dilda ressaltou que todas as jazidas exploradas serão recuperadas e usadas para outros fins. A primeira área liberada será transformada em alternativa de lazer na região. Segundo o promotor Júlio Almeida, da Promotoria de Defesa Comunitária de Osório e Terra de Areia, a intenção é fazer com que as empreiteiras explorem as áreas de maneira correta, a fim de evitar novos impactos. (CP, 21/07)