Indonésia confirma primeiras vítimas humanas da gripe do frango
2005-07-21
Um homem indonésio e dois filhos seus morreram, na semana passada, devido à gripe do frango, sendo estas as primeiras vítimas registradas no país por causa do vírus letal que está circulando na maior parte dos países asiáticos, segundo reportaram oficiais, nesta quarta-feira (20/7). A gripe do frango já matou pelo menos 56 pessoas no Vietnã, na Tailândia e em Cambodja desde o ano passado. Ao mesmo tempo em que o vírus ataca frangos pela maioria do território indonésio, contribuindo para a morte de milhões de aves, a Indonésia tem experimentado uma ampla onda de infecção humana, até que um produtor rural foi diagnosticado como positivo no mês passado.
Então, há duas semanas, uma menina de um ano do subúrbio de Tangerang, em Jacarta, morreu logo depois de ter sido hospitalizada com febre alta e problemas respiratórios. Seu pai, Iwan Siswara Rafei, de 37 anos, morreu quatro dias depois e, no dia seguinte, faleceu seu outro filho, de oito anos.
–Não fazemos distinção entre os três disse o ministro da Saúde Siti Fadilah Supari, quando anunciou que a gripe do frango era a causa de suas mortes.
–Mas como eles foram infectados ainda é desconhecido, acrescentou.
As mortes de três integrantes da mesma família levantou a possibilidade de que a doença possa se espalhar de pessoa a pessoa. Até agora, todos os casos humanos da gripe do frango foram contraídos a partir de um frango infectado. Especialistas em saúde internacional têm alertado que, se o vírus estiver sob uma forma que facilmente possa ser transmitido aos humanos, a gripe do frango poderá virar uma pandemia global.
O representante chefe da Organização Mundial da Saúde na Indonésia, Georg Petersen, disse que permanece obscuro se o vírus passou do homem para seus filhos ou se eles contraíram a doença dos pássaros, diretamente, talvez tocando em objetos contaminados por fezes do animal. Oficiais da área de saúde estão monitorando 300 pessoas que tinham contato com Rafei e com seus filhos, incluindo parentes, vizinhos e empregados. Nenhum deles apresentou sintoma da doença até agora. (Washington Post, 20/7)