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2005-07-21
Por Carlos Matsubara

A Associação de Preservação do Meio Ambiente do Alto Vale do Itajaí (Apremavi) completou 18 anos de atividades neste mês. A ONG foi fundada em 9 de julho de 1987 na cidade de Ibirama (SC) preocupada com as conseqüências da intensa destruição da Mata Atlântica, alvo na época, das indústrias madeireiras da região, especialmente na Reserva Indígena José Boiteux.

Criada por 19 pessoas, conta atualmente com 300 sócios que contribuem nos trabalhos, entre agricultores, professores, bancários, estudantes, empresários, médicos, advogados, biólogos, agrônomos e outros profissionais, de diversas regiões de Santa Catarina e do Brasil e também de outros países.

O início, na cidade de Ibirama, conhecida como Cidade dos Belos Panoramas foi pautado quase que totalmente em trabalho voluntário, mas sempre amparado em dois eixos claros de atuação: teoria e prática. Ao mesmo tempo em que apresentava denúncias de desmatamento de florestas nativas, a Apremavi iniciou as pesquisas empíricas para a produção de mudas nativas, sempre tentando oferecer uma alternativa às ações destrutivas que eram comuns na região.

Hoje sua principal causa é a destruição de quase seis mil hectares de mata nativa em decorrência da construção da hidrelétrica de Barra Grande, na divisa com o Rio Grande do Sul. Da causa, nasceu um de seus mais belos trabalhos, o dossiê Barra Grande (http://www.apremavi.com.br/dossie/pbarragrande.htm).

Com a mudança para a cidade de Rio do Sul em 1990, a entidade iniciou uma fase de profissionalização. Novos projetos são desenvolvidos e mais pessoas contratadas. Além disso, é instalada em Atalanta uma unidade de campo, onde começa a funcionar de uma forma mais profissional, o viveiro Jardim das Florestas. O viveiro que foi idealizado já em 1987 e que começou com cerca de 18 mudinhas no fundo do quintal em Ibirama, hoje têm capacidade instalada para a produção de mais 600.000 mudas de aproximadamente 120 espécies nativas diferentes.

Hoje, as principais ações da Apremavi estão relacionadas com: recuperação de áreas degradadas e matas ciliares, enriquecimento de florestas secundárias, educação ambiental e capacitação, produção de materiais educativos, denúncias de crimes ambientais e ações judiciais e intercâmbios. — A defesa e recuperação da Mata Atlântica sempre foram o carro chefe das ações da Apremavi nestes 18 anos de trabalho-, garante Philipp Stumpe, engenheiro florestal, atualmente ocupando o cargo de assessor de comunicação da ONG.

Assembléia elege diretoria para biênio 2005/2007

A Apremavi realizou no último dia 15 uma Assembléia Geral Ordinária para prestação de contas de 2004. Ainda naquele dia, elegeu nova diretoria para o biênio 2005/2007. Foi uma assembléia especial, porque foi também a passagem para a maioridade, afinal a Apremavi está completando 18 anos de existência, com muitas realizações e muita garra-, pondera Stumpe.

Outras decisões foram tomadas na reunião, como a instituição de presidentes para os Conselhos Fiscal e Consultivo, inaugurando uma forma de gestão e criação de cargos assalariados como secretário – executivo. Abaixo nominata completa:

Diretoria Executiva
Presidente - Edegold Schaffer
Vice-Presidente - Odair Andreani
Secretário - Milton Pukall
Segundo Secretário - João de Deus Medeiros
Tesoureira - valburga Schneider
Segundo Tesoureiro - Fábio Roussenq

Conselho Fiscal
Presidente - Urbano Schmitt Junior
Werner Alexandre Tkotz
Valmor Chiquetti

Suplentes
Ivanor Boing
Mariana Schmitt Thiesen

Conselho Consultivo
Presidente - Miriam Prochnow
Almir da Luz
Carlos Augusto K. dos Santos
Cleusa Maria Boing
Davide Moser
Eugênio César Stramosk
Gabriel Schmitt
Katia Drager Maia
Lauro Eduardo Bacca
Lúcia Sevegnani
Maria da Graça T. Schmitt
Maria Medianeira Possebon
Neide Areco
Noemia Bohn
Orival Grahl
Rainer Prochnow
Silene Rebelo
Valdomiro Pereira de Lucena.

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