Novo Hamburgo irá investir R$ 500 mil no lixão
2005-07-21
Depois de dois meses de depósito irregular de lixo orgânico, a Prefeitura de Novo Hamburgo definiu, que o aterro sanitário da Central de Reciclagem de Resíduos Sólidos da Roselândia, interditado em maio, deve voltar a abrigar as cerca de 120 toneladas de lixo orgânico das 200 toneladas de lixo produzidas diariamente na cidade. Para isso, foi elaborado um projeto que prevê investimento de pelo menos R$ 500 mil em melhorias no local.
Desde a desativação do aterro, o lixo orgânico passou a ser depositado a céu aberto, ao lado do galpão de triagem da central (que funciona normalmente), o que está em desacordo com a licença ambiental. A solução encontrada pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semam) ainda deve passar por aprovação da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), quando representantes da Semam apresentam a idéia a técnicos da Divisão de Saneamento Ambiental (Disa).
Segundo o responsável técnico pelo aterro sanitário na cidade, Valtemir Bruno Goldmeier, o antigo aterro permite a deposição de lixo por mais oito meses. A idéia, depois deste período, é garantir a abertura de nova vala que receberá os dejetos orgânicos (selecionados após a reciclagem de catadores na central) por mais um ano, prazo que será aproveitado para que outra seja implantada, e assim sucessivamente. Se o projeto foi aprovado pela Fepam, as primeiras atitudes a serem tomadas dizem respeito ao tratamento do chorume, manutenção de lagoas de decantação, contratação de equipe mecanizada para realização de serviços e instalação e recuperação do dreno de gases. O custo mínimo para esta manutenção inicial seria de R$ 500 mil. Já o desembolso para a abertura de cada nova vala é de, no mínimo, R$ 900 mil.
O destino a ser dado às mais de 10 mil toneladas de lixo que foram depositadas irregularmente ao lado do galpão de triagem da central de reciclagem nos últimos dois meses será um aterro sanitário privado de outro município da região, ainda não definido. Enquanto se realiza licitação para definição, o custo para transporte e deposição deste material deve ficar entre 50 reais a tonelada, o que implicaria gasto de mais R$ 500 mil. A transferência ainda não tem data para ser efetivada. (NH, 20/07)