A nova rodada internacional de conversações entre as duas Coréias, a China, a Rússia, os Estados Unidos e o Japão, em torno do programa nuclear norte-coerano, está marcada para terça-feira que vem (26/7), em Pequim. A confirmação foi dada ontem a partir de fontes dos governos chinês e sul-coreano, segundo os quais o encontro foi estabelecido com todas as partes implicadas. Não foi definido, contudo, quanto tempo vai durar a rodada, pois dependerá de como as negociações vão transcorrer. Todas as que foram celebradas em Pequim, anteriormente, duraram de quatro a cinco jornadas.

A Coréia do Norte comprometeu-se a voltar ao diálogo em 9 de julho passado, em uma reunião entre diplomatas seus e dos Estados Unidos, também realizada em Pequim, durante a visita oficial à China da secretária de Estado norte-americana, Condoleezza Rice. Conforme fontes coreanas próximas dessas conversações, os Estados Unidos convenceu a Coréia do Norte a regressar à mesa de negociações, após um ano de estancamento, retirando a afirmação de que Pyongyang era um reduto de tirania, frase formulada pela própria Rice quando tomou posse do cargo, no início deste ano.

As rodadas anteriores de diálogo, celebradas em agosto de 2003, fevereiro e junho de 2004, culminaram sem acordos devido às diferenças entre Washington, que pedia o fim imediato e incondicional do programa nuclear norte-coreano, reiniciado em outubro de 2002, e a Coréia do Norte, que acusa Washington de excessiva agressividade para com o regime de Pyongyang. A última rodada de negociações foi celebrada em junho de 2004. Depois, a Coréia do Norte boicotou a ronda prevista para setembro do ano passado e, em fevereiro, aumentaram as tensões ao máximo, quando a Coréia do Norte assegurou que havia conseguido desenvolver armas nucleares. (Clarín, 19/7)