Amigos da Terra lança site sobre economia florestal
2005-07-20
A Amigos da Terra – Amazônia Brasileira acaba de lançar o site www.mercadofloresta.org.br, cujo objetivo é mostrar o enorme potencial das florestas brasileiras como fornecedoras de bens e serviços. O site faz parte do projeto Mercado Floresta, um grande evento que será realizado entre os dias 5 e 8 de novembro, na Oca do Ibirapuera, em São Paulo, e incluirá uma feira de produtos sustentáveis, além de seminários e lançamentos ligados ao tema.
Além das novidades sobre o evento, o site trará notícias ligadas à produção florestal sustentável nas áreas de alimentação, artesanato, borracha, cosméticos, fitoterápicos, madeira, móveis e decoração, papel e celulose, pescados, pesquisa, serviços, tecidos e turismo, relacionados a todos os ecossistemas florestais brasileiros, como Amazônia, Cerrado, Mata Atlântica e Caatinga.
O projeto, idealizado pela Amigos da Terra com a colaboração do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), do Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora) e da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica (RBMA), visa apresentar ao mercado - interno e externo – o que existe e qual é a dimensão e o potencial da economia florestal
brasileira. Também quer mostrar que esse diferencial oferece ao País oportunidade de desenvolvimento e geração de emprego e renda pouco conhecida e pouco valorizada.
Segundo Roberto Smeraldi, diretor da Amigos da Terra – Amazônia Brasileira, não temos ainda a noção exata do que a economia florestal significa para o País, pois os dados existentes mostram uma realidade muito ligada ao setor de plantação, que já é impressionante, mas não reflete o que realmente acontece, pois não inclui o setor não-madeireiro e provavelmente grande parte do madeireiro, proveniente de florestas nativas. Mesmo assim, segundo dados do Programa Nacional de Florestas (PNF), do Ministério do Meio Ambiente, em 2001, a atividade florestal que incluí os setores de celulose de fibra curta, papel, madeira serrada e beneficiada e móveis foi responsável por 4% do Produto Interno Bruto (PIB) e 8% das exportações.
Outra estimativa do PNF é que a produção de lenha proveniente da Caatinga corresponde a 35% da matriz energética do Nordeste, um uso que não costuma entrar nas estatísticas. (Com informações do Amigos da Terra Amazônia)