(29214)
(13458)
(12648)
(10503)
(9080)
(5981)
(5047)
(4348)
(4172)
(3326)
(3249)
(2790)
(2388)
(2365)
2005-07-20
Por Carlos Matsubara

O Módulo II do Pró-Guaíba será lançado oficialmente no próximo dia 2 de agosto às 10h pelo governador Germano Rigotto em audiência na Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul. Na ocasião Rigotto deve anunciar de onde sairão os recursos necessários para tocar o projeto adiante.

Essa segunda fase deveria ter começado há pelo menos um ano, com um investimento de US$ 171,3 milhões (em estimativa feita dois anos atrás). O governo do Estado deveria contribuir com 40% desse montante (cerca de US$ 80 milhões), dinheiro que não tem. O secretário estadual de Coordenação e Planejamento, João Carlos Brum Torres, diz que, devido à Lei de Responsabilidade Fiscal, o Estado não tem como contrair um empréstimo desse porte.

Maior programa de saneamento ambiental já desenvolvido no Estado, hoje busca meios para não acabar de forma melancólica sem o apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). A secretária-executiva do Pró-Guaíba, Vera Callegaro, diz que, na falta de novo financiamento do BID, as autoridades estaduais buscam novas fontes de investimento. Um deles é com a Jica (agência de fomento do governo japonês). — A idéia é descentralizar os projetos, de tal forma que possamos bancar as contrapartidas, explica Vera.

A Secretaria–Executiva do Programa de Despoluição do Guaíba assinou, em conjunto com a Secretaria de Coordenação e Planejamento, um acordo de cooperação técnica com os japoneses para construção do Modelo Hidrodinâmico do Lago Guaíba, em dezembro do ano passado.

Trata-se de um modelo matemático, inédito no país, cuja finalidade é criar métodos para análise da quantidade e da qualidade das águas do Guaíba. — Seria mais uma ferramenta de ação dentro do Projeto Rede de Monitoramento Ambiental do Pró-Guaíba-, descreve a consultora técnica do programa, Ana Elisabete Carara.

Essa análise será realizada a partir de simulações do comportamento de determinados poluentes, já típicos no Guaíba, como matéria orgânica (esgoto in natura) e metais pesados provenientes de dejetos industriais e do uso de agrotóxicos usados especialmente nas lavouras de arroz.

— Vai possibilitar que seja calculado, por exemplo, quanto tempo determinado poluente demora para ser dispersado-, explica Ana Elisabete. Quanto à origem dos poluentes, a nova ferramenta pretende identificar as origens e a recorrência desses poluentes. — Posto isto, ajudará a decidir sobre a outorga do uso da água-, aponta.

O segundo passo foi dado em abril quando foi iniciado um procedimento chamado de batmetria com o objetivo de traçar o perfil do fundo do lago. — Servirá para identificar a profundidade e seu formato. Será um formato para embasar os nove comitês já instalados na Bacia do Guaíba-, argumenta.

Combate a poluentes

O modelo também deve contribuir para que as companhias de abastecimento de água possam ter mais uma certificação da qualidade do serviço oferecido à população. A JICA entra com a contratação de técnicos da Universidade de São Carlos (SP) que desenvolveram por lá um software parecido sendo aplicado na despoluição do Rio Tietê e com cursos de capacitação para profissionais locais. A contrapartida do Governo do Estado será a contratação de outros técnicos do Instituto de Pesquisa Hidráulica (IPH) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs). Para tanto dispõe de R$ 79 mil.

Ainda deverão ser recolhidas amostras da água durante todo este inverno e no próximo verão. A previsão de conclusão é março de 2006, ultrapassando, portanto o início do Módulo II do Pró-Guaíba, que será anunciado pelo governador Rigotto.

A Região Hidrográfica do Guaíba é a mais importante das três do Estado. Abrange uma área de 85.950 km2. Está dividida em 9 bacias – Alto Jacuí, Taquari-Antas, Pardo, Baixo Jacuí, Vacacaí, Caí, Sinos e Gravataí –, que correspondem a 30% da área total do Rio Grande do Sul, onde estão 250 municípios, dois terços dos gaúchos e que são responsáveis por 86% do PIB do Estado

A primeira fase do Pró-Guaíba, voltada para o saneamento de uma área que corresponde a 30% do território e 70% do Produto Interno Bruto (PIB) gaúchos, investiu US$ 223,2 milhões em saneamento, educação ambiental e recuperação de áreas verdes do Rio Grande do Sul. Desse total, 60% vieram do BID e o restante, do governo do Estado.

A mais expressiva conquista é a implantação de estações de tratamento de esgoto, serviço quase inexistente até a implementação do programa. Quando o projeto foi iniciado, em 1994, 273 mil moradores da Região Metropolitana eram beneficiados pelo tratamento dos resíduos domésticos - cerca de 4%. Passada uma década, 650 mil habitantes são atingidos por essas benesses (cerca de 10%).

Entre os investimentos feitos pelo governo estadual estão o asfaltamento da RS-118 (que corta a Região Metropolitana até o Parque Estadual de Itapuã), o cercamento do zoológico de Sapucaia do Sul e o cercamento do Jardim Botânico de Porto Alegre.

Apesar desses investimentos, o governo do Estado ainda não terminou de pagar sua parte no financiamento do Módulo I. Falta dotar o Parque de Itapuã de um sistema de energia para a Praia de Fora - o parque até está fechado temporariamente, para economia de recursos -, além de ligações elétricas para a Ilha da Pólvora, local do Guaíba onde funcionava um arsenal militar, restaurado com recursos do Pró-Guaíba. Ou seja, o Módulo I ainda não terminou na prática.

desmatamento da amazônia (2116) emissões de gases-estufa (1872) emissões de co2 (1815) impactos mudança climática (1528) chuvas e inundações (1498) biocombustíveis (1416) direitos indígenas (1373) amazônia (1365) terras indígenas (1245) código florestal (1033) transgênicos (911) petrobras (908) desmatamento (906) cop/unfccc (891) etanol (891) hidrelétrica de belo monte (884) sustentabilidade (863) plano climático (836) mst (801) indústria do cigarro (752) extinção de espécies (740) hidrelétricas do rio madeira (727) celulose e papel (725) seca e estiagem (724) vazamento de petróleo (684) raposa serra do sol (683) gestão dos recursos hídricos (678) aracruz/vcp/fibria (678) silvicultura (675) impactos de hidrelétricas (673) gestão de resíduos (673) contaminação com agrotóxicos (627) educação e sustentabilidade (594) abastecimento de água (593) geração de energia (567) cvrd (563) tratamento de esgoto (561) passivos da mineração (555) política ambiental brasil (552) assentamentos reforma agrária (552) trabalho escravo (549) mata atlântica (537) biodiesel (527) conservação da biodiversidade (525) dengue (513) reservas brasileiras de petróleo (512) regularização fundiária (511) rio dos sinos (487) PAC (487) política ambiental dos eua (475) influenza gripe (472) incêndios florestais (471) plano diretor de porto alegre (466) conflito fundiário (452) cana-de-açúcar (451) agricultura familiar (447) transposição do são francisco (445) mercado de carbono (441) amianto (440) projeto orla do guaíba (436) sustentabilidade e capitalismo (429) eucalipto no pampa (427) emissões veiculares (422) zoneamento silvicultura (419) crueldade com animais (415) protocolo de kyoto (412) saúde pública (410) fontes alternativas (406) terremotos (406) agrotóxicos (398) demarcação de terras (394) segurança alimentar (388) exploração de petróleo (388) pesca industrial (388) danos ambientais (381) adaptação à mudança climática (379) passivos dos biocombustíveis (378) sacolas e embalagens plásticas (368) passivos de hidrelétricas (359) eucalipto (359)
- AmbienteJá desde 2001 -