Produtores discutem preservação do cerrado
2005-07-19
Representantes da Federação da Agricultura do Estado de Goiás (Faeg) se reuniram hoje pela manhã, com a Agência Ambiental e o Banco Mundial, para discutir instrumentos econômicos para a preservação da biodiversidade em Goiás. O objetivo é estabelecer diretrizes para ações de preservação do cerrado e como os produtores rurais podem contribuir com o meio ambiente.
De acordo com o engenheiro florestal e assessor técnico de Meio Ambiente da Faeg, Adilson Gonçalves, a intenção é adotar medidas na propriedade rural para preservar o meio ambiente. - Toda atividade do ser humano causa impacto ao meio ambiente. O que temos feito é informar e conscientizar o produtor. Ele sustenta que a conscientização sobre a preservação permanente das nascentes vem sendo constante, e muitos produtores que plantavam nas margens de córregos não o fazem mais.
O Banco Mundial participa com apoio técnico e financeiro ao Estado, na execução desses estudos com vista a introduzir os instrumentos econômicos na gestão ambiental. - No âmbito de programa de gerenciamento rodoviário, o banco disponibiliza US$ 65 milhões a Goiás e já estamos entrando no penúltimo ano da primeira fase do programa -, informa Flávio Chaves, do Banco Mundial. A Agência Ambiental conta com recursos de 4 milhões de dólares de investimentos do banco para uma série de atividades, entre elas os instrumentos para a proteção do cerrado.
O presidente da Agência Ambiental, Osmar Pires, disse que está pensando em criar um serviço de remuneração à proteção da biodiversidade. Mas a iniciativa ainda vai depender de discussões com o setor produtivo e também com a Semarh, para regulamentar este tipo de instrumento econômico. (Página Rural, 18/07)