A Aracruz Celulose assinou o termo de adesão à Chicago Climate Exchange, CCX, que reúne vendedores e compradores de créditos de carbono. — Fomos a primeira empresa da América Latina a assumir voluntariamente as metas de redução da CCX. O objetivo maior não é obter créditos de carbono e sim reafirmar a nossa preocupação com o assunto e ter uma posição de liderança na busca de soluções ambientais, conta o gerente de meio ambiente corporativo da Aracruz, Ricardo Mastroti.

Segundo Mastroti, a adesão à meta da CCX implica na redução de emissões em 1% em 2003, 2% em 2004, 3% em 2005 e de 4% em 2006. — Essas reduções serão compensadas com os créditos de carbono gerados nas operações florestais-, explica o executivo.

A Aracruz se tornou membro efetivo em maio deste ano, mas o desenvolvimento do projeto e as discussões com a CCX começaram no final de 2004. O projeto apresentado considera o seqüestro de carbono pelas florestas da empresa na Bahia e no Espírito Santo de 2003 a 2006.

A metodologia proposta no projeto foi aprovada pela CCX. A Aracruz contratou uma empresa especializada em interpretação de imagens de satélite, que realizou um levantamento das áreas atualmente ocupadas por florestas da empresa e que estavam desflorestas no ano de 1990. Essa data de referência usada na CCX é a mesma data de referência utilizada nas regras do Protocolo de Kioto.

— A Aracruz busca uma posição de liderança, estimulando outras empresas a assumir compromissos e minimizar os efeitos das mudanças climáticas. É difícil estimar os prejuízos sociais, ambientais e econômicos decorrentes do processo de mudanças climáticas-, completa.

A CCX é a primeira iniciativa voluntária do mundo que possui um programa de negociação legal de créditos de carbono para redução de emissão de gases do efeito estufa. Recentemente, a CCX anunciou que o programa foi estendido por mais quatro anos. Nessa nova fase - de 2007 a 2010 - os membros terão metas adicionais de redução de emissões de 6% ao ano.