Apenas 2% do esgoto de Novo Hamburgo, no Residencial Mundo Novo, recebe tratamento. E para que esse percentual chegue a 98% da população hamburguense seriam necessários investimentos da ordem de R$ 68,5 milhões, segundo estimativa do diretor-presidente da Companhia Municipal de Saneamento (Comusa), Wilson Ghignatti. Implantação de bombeamento de esgoto e de emissários (que realizam o recolhimento do material), estação de tratamento, interceptores (responsáveis por evitar que o esgoto chegue a arroios), estações elevatórias e rede coletora são as principais obras para mudar o índice. Hoje, 98% das residências de Novo Hamburgo possuem fossas e o efluente vai parar no Rio dos Sinos e córregos. - Sabemos o que fazer para resolver o problema, mas o custo é muito alto e infelizmente hoje é inviável -, diz Ghignatti.

Para ele, o problema é gravíssimo mas está sem perspectivas de solução a curto prazo. - Ainda temos problemas no sistema de abastecimento de água e essa é nossa prioridade -, diz. O dirigente da Comusa destaca que, dos cerca de 650 quilômetros de rede de água do Município, mais da metade precisa ser substituída.

Atualmente, estão em estudo projetos para a implementação de tratamento de esgoto nos loteamentos Boa Saúde, Nações Unidas e Morada dos Eucaliptos. As obras seriam realizadas com cerca de R$ 5 milhões repassados pelo governo federal, por meio da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), e contrapartida de cerca de R$ 1,4 milhão da Comusa. Segundo Ghignatti, os projetos estão em fase de correção junto à fundação. As obras beneficiariam cerca de 20 mil pessoas.

Já São Leopoldo trata 20% do seu esgoto. E, conforme o coordenador de operação e manutenção do Serviço Municipal de Água e Esgoto (Semae), Jorge Koch, há projetos a curto, médio e longo prazo para ampliar esse índice. Segundo ele, R$ 4,2 milhões já foram repassados pela Funasa a fundo perdido para investimento na área. R$ 1,2 milhão serão usados para melhorar e ampliar a Estação de Tratamento de Esgoto Vicentina e os outros R$ 3 milhões vão ser aplicados em obras na cidade, principalmente na Grande Feitoria e cooperativas. (NH, 18/07)