Rio dos Sinos continua sofrendo com poluição alta
2005-07-19
A falta de tratamento de esgoto nos municípios da região acarreta em um alto índice de poluição em rios, arroios e córregos. No Rio do Sinos, conforme o coordenador de Operação e Manutenção do Serviço Municipal de Água e Esgoto (Semae) de São Leopoldo, Jorge Koch, cerca de 80% da poluição é proveniente do esgoto cloacal e o restante de agrotóxico e efluentes industriais.
O chefe da divisão de Planejamento e Diagnóstico da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), Jackson Müller, também destaca que a falta de tratamento é um dos grandes problemas da bacia hidrográfica da região. - Gera impacto direto na qualidade da água quanto à presença de coliformes fecais. No início deste ano, análises da água revelaram uma média de 16 mil coliformes fecais por 100 mililitros de água nos 12 quilômetros do Sinos, quando o permitido para banho é mil coliformes por 100 mililitros. Com a queda do nível do rio durante a estiagem, o índice chegou a 21 mil coliformes fecais por 100 mililitros.
Conforme Müller, o uso de fossa séptica e filtro anaeróbio nas residências em lugar da implantação de estações de tratamento de esgoto é recomendado pela Fepam. - Mas desde que passem por manutenção. Caso contrário, o sistema satura e lança na natureza um esgoto não-tratado -, explica, destacando que a limpeza é de responsabilidade dos moradores. - O que não é feito por eles nem fiscalizado pelas prefeituras -, enfatiza. Das 49 prefeituras das região ouvidas pelo Jornal NH, nenhuma efetua a fiscalização. (NH, 18/07)