Novas áreas de preservação podem inibir negócios em SC
2005-07-18
Empresários dos ramos de papel e celulose e silvicultores de Santa Catarina estão preocupados com o impacto econômico que a criação de três unidades de conservação no Oeste e Meio Oeste catarinense podem trazer para a região. Hoje, só os segmentos de florestas plantadas e papel e celulose empregam mais de 6,2 mil pessoas nos municípios atingidos pela criação da Área de Proteção Ambiental (APA) de 420 mil hectares.
Embora o governo do estado tenha incentivado o desenvolvimento da região, uma das que possuí um dos Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) mais baixos de Santa Catarina, os empresários estão com receio de levar adiante os investimentos em torno de R$ 700 milhões para os próximos cinco anos. O presidente do Sindicato das Indústrias de Celulose e Papel em Santa Catarina (Sinpesc) Flavio Martins, afirma que esses investimentos, que estão sendo revistos, garantiriam mais de 600 novo empregos, entre diretos e indiretos. Na avaliação do dirigente da Associação Catarinense de Reflorestadores (ACR), Marcílio Caron, a proposta da área de proteção ambiental cria uma insegurança jurídica para os empresários. Isso porque a legislação não esclarece quais serão os critérios para permitir atividades econômicas dentro da APA. – Dependendo das restrições impostas na APA, o encerramento das atividades agrícolas e empresariais não está descartado – diz. (GM, 18/07)