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2005-07-18
Por Thiago Klafke*

Bem, resumindo a história: Passava eu pela BR-116, que liga a Bahia ao Rio de Janeiro quando me deparo com pessoas vendendo animais raros, ameaçados de extinção, tais como macacos, araras e até papagaios, sem o menor pudor. Me sentindo no dever de não compactuar com tal situação primeiro enviei a denúncia ao Ibama.

Como não recebi resposta tentei algum grupo de proteção ambiental, tipo o WWF, mas no site deles tinha apenas o e-mail do órgão ambiental que já não havia me retornado. Sem alternativas decidi recorrer a grande mídia (jornalismo@globo.com, fantastico@globo.com), e mais uma vez não obtive respostas. Isso tudo foi em meados de maio, dois meses seria mais do que suficiente para me responderem e até agora nada!

Por favor, lotem as caixas de entrada de qualquer órgão publico ou ONG com essa denuncia. Segue abaixo cópia da denúncia original enviada a tais entidades.

Boa tarde, meu nome é Thiago Klafke, sou estudante e estava de passagem pela BR 116, que liga a Bahia ao Rio de janeiro (a famosa Rio-Bahia). Durante vários trechos da estrada vimos algumas pessoas vendendo animais selvagens como macacos, papagaios e até araras. Eles vendiam na beira da estrada, inclusive perto de um posto da Policia Rodoviária. O que mais me revoltou foi o fato dos animais estarem sendo vendidos como se fossem brinquedos, em uma dessas o cara estava segurando uma caixa de papelão com mais ou menos 9 papagaios dentro, todos filhotes. Isso é revoltante.

O caso acima foi visto na altura do município de Milagres-BA, a aproximadamente 700 metros do posto da Policia Rodoviária. Em uma parada num posto de gasolina conversando com caminhoneiros, eles me disseram que isso é muito comum nessa região, especialmente na Bahia. Estou enviando-lhe este e-mail porque já fiz a denuncia ao Ibama e nada foi feito. Como eu sei que o trabalho da sua emissora é serio estou recorrendo a vocês.
Obs.: Durante todo o percurso eu vi por volta de 5 ou 6 pontos de vendas de animais. Por curiosidade perguntei o preço do macaquinho e pasmem, o cara pediu 30 reais. Isto é revoltante, espero que vocês possam fazer algo a respeito disso porque o IBAMA me respondeu que estaria verificando e depois de 1 mês passei lá de novo e os caras ainda estavam vendendo os animais. Abraços.


* Thiago Klafke é estudante e estava passeando quando presenciou o relato acima. A sua história também pode se encontrada no site do Centro de Mídia Independente (www.midiaindependente.org)

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