Empresas de água na Inglaterra proíbem novos reservatórios onde há vazamentos
2005-07-18
As companhias de água na Inglaterra estão proibindo a construção de qualquer reservatório enquanto os atuais continuarem a permitir o vazamento de água por seus dutos. Com os britânicos face ao banimento de dutos flexíveis (para líquidos e gases), a chefe executiva da Agência Ambiental, Baroness Young, disse, na última sexta-feira (15/7), que muita água está sendo gasta e que isto não permitirá a aplicação de novos recursos, até que este problema esteja solucionado.
As restrições seguem-se à publicação dos últimos dados sobre vazamento na semana passada, os quais revelam que um quarto de todo o abastecimento na Inglaterra e em Wales é desperdiçado, numa época em que o país sobre os efeitos da seca. O inverno passado foi o terceiro mais seco entre os que se tem registro. A despeito da leve redução ocorrida no ano passado, segundo as agências, os vazamentos não se reduziram significativamente nos últimos cinco anos. Nas casas em todo o país, foram banidos as caixas d água e os sprinklers, e a água do Tâmisa deverá passar por restrições quanto ao consumo da população, já no mês que vem.
Embora os consumidores estejam sendo instigados a reduzir o consumo urgentemente, Young afirma que o direcionamento da mensagem de economia não é fácil quando se vê que o uso irresponsável da água continua. A decisão da agência é particularmente dirigida à empresa Águas do Tâmisa, uma das duas companhias que fracassou em atingira as metas de detecção dos vazamentos no ano passado. Está sendo planejado um novo reservatório em Oxfordshire e uma planta de dessalinização no Estuário do Tâmisa. No total, há uma perda de cerca de um terço do abastecimento, quantidade correspondente, em média, a cem litros de água por dia, o suficiente para três banhos para cada casa. (The Independent, 17/7)