Universidade do Texas lidera a clonagem mundial de animais
2005-07-18
O Angus negro nasceu 15 anos depois de as células de seu doador genético, Bull 86, terem sido congeladas, como parte de um estudo sobre a resistência a doenças naturais. Quando Bull 86 morreu, em 1997, os cientistas pensaram que sua única constituição genética estava perdida. Mas os pesquisadores da Universidade do Texas A&M estavam aptos a cloná-lo a partir de células congeladas. Hoje com cinco anos de idade, o Angus – ou 86 Squared – passa seus dias em uma área rural do campus da A&M.
A Texas A&M é a primeira instituição de pesquisa do mundo a clonar seis espécies em seis anos: gado, cabra africana, porco, cervo, cavalo e gato.
–Em geral, a forma como essas coisas se dão é fazer um experimento, depois outro, e ainda outro, diz Mark Westhusin, pesquisador líder do time de clonagem da A&M. –É um trabalho lento, meticuloso, trata de peças de informação informais que você espera um dia ajudarem a melhorar a tecnologia, acrescenta. Segundo os cientistas da A&M, a pesquisa em clonagem poderia resultar na criação de um grupo muito grande de animais resistentes a doenças, dando à agricultura um grande retorno, pelo incremento da produção de alimentos.
No entanto, até agora, o sucesso da A&M tem despertado o debate a respeito do crescente uso da clonagem, sobre até que ponto ela é desnecessariamente cruel aos animais e quais os benefícios de seu uso excessivo. Segundo o grupo de pesquisa da A&M, apenas 1% a 5% dos procedimentos de clonagem são bem-sucedidos. (ABCNews, 17/7)