Mobilização para salvar maior lago de água doce de SC
2005-07-15
Autoridades e ambientalistas do Sul do Estado estão buscando uma alternativa para evitar a morte da lagoa do Sombrio. Com uma extensão de aproximadamente 54 quilômetros quadrados, o maior lago de água doce de Santa Catarina está desaparecendo lentamente. Durante os últimos anos, a profundidade média passou de três metros para 80 centímetros. A queda no volume de água da Lagoa também pôde ser medida através de um estudo realizado pela Epagri, em 2000. Na época, foi constatado que o lago estava com 36,65 milhões de metros cúbicos de água, um volume baixo, se comparado aos 119 milhões de metros cúbicos registrado na década de 60.
- Se algo não for feito com urgência, em pouco tempo a lagoa vai desaparecer -, alerta o ambientalista Tadeu dos Santos, da Organização Não-governamental (ONG) Sócios da Natureza. Ele defende o fechamento imediato da barra que liga o lago ao rio Mampituba, na divisa com o Rio Grande do Sul. - Isso está salinizando o local. Precisamos preservar nossas reservas de água doce -, reclama. O prefeito de Sombrio, José Milton Scheffer, garante lutar para que o pior não aconteça.
Um estudo realizado por técnicos da Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul) mostrou que os principais vilões são a poluição provocada pelo depósito de esgoto, industrial e doméstico e a ação de rizicultores e pecuaristas que trabalham às margens do lago. O presidente da Fatma, Sérgio Grando, assinou uma portaria que define uma área de 100 metros em torno da lagoa como sendo de preservação permanente. Nos próximos 30 dias, os produtores rurais serão notificados para que encerrem as atividades. (A Notícia, 14/07)