Governador do MT e ministério criam ações contra desmatamento
2005-07-15
Após uma reunião de quase duas horas, o Ministério do Meio Ambiente e o
governo do Mato Grosso anunciaram nesta quarta-feira (13/07) que vão trabalhar em
conjunto para combater o desmatamento ilegal no Estado.
Entre as medidas que serão adotadas para coibir a devastação estão a criação
de novos parques e reservas (o número não foi definido) e o funcionamento de
uma força-tarefa, que vai agir exclusivamente nas áreas onde o desmatamento
está mais avançado.
Segundo a ministra Marina Silva e o governador Blairo Maggi (PPS), não está
descartada uma extensão da moratória para o corte de árvores até a
regularização do sistema de licenciamento da derrubada. Na semana passada, o
Ministério do Meio Ambiente proibiu por seis meses o desmatamento no Estado,
responsável por quase 50% da área devastada (26 mil quilômetros quadrados, o
equivalente ao tamanho de Alagoas) entre 2003 e 2004.
Marina Silva disse que a possibilidade de suspensão ampliada do corte de
árvores no Estado será analisada na próxima semana, quando o presidente Lula
e a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) retornarem a Brasília.
— O governo está criando freios contra o desmatamento ilegal na floresta
Amazônica-, disse Marina Silva. Na reunião, também ficou definida a
realização de um convênio envolvendo o Ministério Público e o Inpe
(Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) para o desenvolvimento de um
sistema de detecção de desmatamento em tempo real. A idéia é possibilitar o
mapeamento das maiores propriedades rurais do Estado.
De acordo com o governador, o sistema é mais uma ferramenta para o Estado
combater o desmatamento ilegal. —Poderemos interferir na semana ou na
quinzena em que está ocorrendo o desmatamento-, disse.
Marina Silva disse também que as ações de combate ao desmatamento que o
governo pretende anunciar na próxima semana começaram a ser desenvolvidas há
um ano. — Novas licenças para desmatamento só serão concedidas com o trabalho
integrado de órgãos federais e estaduais, Ministério Público e a sociedade,
garantindo que a derrubada da floresta só ocorra de forma legal-, afirmou a
ministra.
(Agência Folha, 14/07/2005)