Morte de peixes em barragens portuguesas obriga a reforçar tratamento de águas
2005-07-13
O tratamento de águas nas redes de abastecimento público de Portugal vai ser reforçado devido à morte de peixes em algumas barragens provocada pelas altas temperaturas e a seca, disse , na última segunda-feira (11/7), uma fonte do Instituto da Água (Inag).
A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Alentejo deu conta da acumulação de várias toneladas de peixes mortos nas margens da barragem do Monte da Rocha, Ourique, considerando que se trata de um problema de saúde pública.
Já na semana passada, a Câmara Municipal de Lagos revelou que foram detectadas centenas de peixes mortos na barragem da Bravura devido ao baixo caudal do curso de água que resulta na redução dos níveis de oxigênio. O presidente do Inag, Orlando Borges, garantiu que o problema de saúde pública não se coloca porque já estão sendo tomadas medidas para retirar o peixe das barragens.
–Na Bravura, o peixe já está sendo retirado e foram tomadas medidas para salvaguardar o abastecimento público, reforçando o tratamento de água, disse Borges.
As autoridades estiveram também reunidas com responsáveis da câmara de Ourique e da CCDR-Alentejo para tomar medidas no mesmo sentido.
O peixe retirado das barragens está sendo encaminhado para aterros para salvaguardar precisamente as questões de saúde pública. Orlando Borges afirmou que, devido ao estado de putrefação dos peixes, não é possível fazer qualquer aproveitamento para outros fins, como por exemplo, farinhas.
A Comissão para a Seca 2005 já tinha antecipado medidas de retirada da carga piscícola nalgumas barragens como a do Roxo, mas o presidente do Inag admitiu que, do ponto de vista técnico, é difícil perspectivar onde e quando vai haver essa necessidade. (Ecosfera, 11/7)