Montanhista pede que Everest seja considerado patrimônio mundial
2005-07-12
Edmund Hillary, o primeiro montanhista a chegar ao topo do Monte Everest, pediu ontem (11/7) que a cordilheira do Himalaia, o pico mais alto do mundo, seja declarada patrimônio mundial em risco por causa das emissões de gases de efeito estufa.
A mudança climática é produzida por efeito de emissões de gases dos países industrializados, o que provoca a inversão térmica e põe em risco a existência de recifes de corais de Belize e das montanhas glaciais do Peru, segundo destacaram ambientalistas com o objetivo de também incluir esses locais na lista dos ecossistemas que estão em perigo.
Atualmente, as lagunas do Himalaia crescem devido ao degelo de glaciares, segundo informaram defensores do meio ambiente na inauguração, em Durban, da 29ª Sessão do Comitê do Patrimônio Mundial da Unesco, órgão das Nações Unidas para Cultura, Ciência e Meio Ambiente.
Especialistas advertiram que numerosos glaciais poderiam derreter, colocando em perigo a milhares de habitantes da zona do Monte Everest. O neozelandês Hillary, acompanhado do guia Tenzing Norgay foi o primeiro a escalar o Everest em 29 de maio de 1953. A inclusão do Himalaia na lista da Unesco comprometeria a uma avaliação do risco que o parque corre de desencadear medidas que corrijam a situação, em coordenação com o governo do Nepal. (El Mundo, 12/7)