Estimativa da evapotranspiração da bacia do Ji-Paraná (RO) através de técnicas de sensoriamento remoto e geoprocessamento
2005-07-12
Resumo: O balanço hídrico para a bacia do Ji-Paraná (RO) nos anos de 1995 e 1996 foi modelado de modo simples, integrado a um Sistema de Informações Geográficas (SIG), utilizando como entrada, imagens de sensores remotos orbitais, dados climáticos (precipitação) e informações quanto à cobertura e o tipo de solo da bacia. Imagens diárias do sensor AVHRR foram utilizadas na geração de imagens compostas mensais de temperatura da bacia, as quais foram utilizadas na estimativa da evapotranspiração potencial mensal, através do método empírico de Thornthwaite. Estas, juntamente com mapas de precipitação interpolados a partir de postos pluviométricos, foram então utilizadas para se efetuar o balanço hídrico da bacia conforme Thornthwaite – Mather.
Todo o sistema está inserido em um SIG, de forma que os resultados são espacialmente distribuídos. A evapotranspiração média da bacia foi de aproximadamente 3,2 mm dia-1. A máxima ocorreu nos meses de outubro (aproximadamente 4,2 mm dia-1), período onde se tem tanto energia e água disponível para a evapotranspiração. A mínima ocorreu no auge da estação seca, nos meses de julho e agosto (aproximadamente 1,7 mm dia-1). Esta sazonalidade indica que o modelo é fortemente influenciado pela disponibilidade hídrica. Os resultados obtidos com a modelagem foram comparados com o balanço de massa anual de 10 sub-bacias presentes na bacia do Ji-Paraná. O modelo aqui proposto sub estimou ligeiramente a evapotranspiração real (aprox 9 %), principalmente no período seco, apontando que a restrição hídrica exerce muita influência sobre os resultados. No entanto, um melhor ajuste da capacidade de armazenamento de água do solo (CAD) pode levar a melhores resultados.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP).
Autor Victoria, Daniel de Castro.
Contato: e-mail dvictori@cena.usp.br