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2005-07-11
As comportas da Usina Hidrelétrica de Barra Grande, na divisa de Santa Catarina com o Rio Grande do Sul, foram fechadas semana passada (05/07). O início da formação do lago de 93 quilômetros quadrados, permitido pela licença de operação que a Energética Barra Grande S.A. (Baesa) esperava do Ibama havia seis meses, põe fim a uma longa e polêmica disputa entre empreendedores e ecologistas. A empresa comemora o afastamento do risco de prejuízos financeiros. Se não começasse a gerar energia em outubro, conforme o cronograma, a Baesa temia prejuízos de R$ 1 milhão por dia. Os ambientalistas lamentam a destruição de 2 mil hectares de florestas virgens de araucária e de mais 4 mil hectares de vegetação nativa em avançado estágio de recuperação, áreas que não foram descritas nos estudos de impacto ambiental. O Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) chegou a qualificar a liberação do projeto como o maior crime ambiental da década.

Com o cronograma retomado, a primeira turbina deve ser acionada em outubro, a segunda em janeiro e a terceira em abril, quando a usina terá capacidade para gerar 690 megawatts. Toda a energia será consumida pelos próprios empreendedores, os sócios do consórcio Baesa, que investiram R$ 1,2 bilhão no projeto: Alcoa (42,2%), Camargo Correa (9%), Companhia Paulista de Força e Luz (25%), Companhia Brasileira de Alumínio (15%) e Departamento Municipal de Energia de Poços de Caldas (8,8%).

O lago, numa área onde viviam 911 famílias, será formado ao longo dos próximos quatro meses. As águas represadas do Rio Pelotas e seus afluentes vão inundar áreas dos municípios catarinenses de Anita Garibaldi, Cerro Negro, Campo Belo do Sul, Capão Alto e Lages e dos gaúchos Pinhal da Serra, Esmeralda, Vacaria e Bom Jesus.

A falta de descrição da matas de araucárias nos relatórios que levaram o governo federal a leiloar a usina, em 1999, só foi descoberta em setembro de 2004, quando a Baesa pediu a licença para a retirada da cobertura vegetal. Por quatro meses, até janeiro de 2005, o MAB e ONGs de defesa da mata atlântica organizaram bloqueios nos acessos às obras, ao mesmo tempo em que seus advogados tentavam impedir na Justiça o alagamento.

O erro no relatório é reconhecido pelo Ibama, que aplicou multa de R$ 10 milhões à Engevix, responsável pelo estudo. Para compensar, a Baesa se comprometeu com o governo e o Ministério Público a comprar 5.700 mil hectares para a formação de uma área de preservação. A Justiça aceitou o acordo, mas um emaranhado de ações e recursos manteve o alagamento suspenso de dezembro, quando o muro da represa ficou pronto, até o fim de maio, quando caiu a última liminar e o Ibama ficou autorizado a licenciar a usina.

Em nota oficial, o MAB considerou que o setor elétrico avançou mais uma vez na sua tática de apresentar fatos consumados, como a barragem pronta, em prejuízo da natureza e dos pequenos proprietários rurais. A Rede de ONGs da Mata Atlântica lamentou a destruição do ecossistema e lembrou que um levantamento indica que pelo menos uma espécie de bromélia endêmica da região será extinta. (O Estado de S. Paulo,09/07)

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