(29214)
(13458)
(12648)
(10503)
(9080)
(5981)
(5047)
(4348)
(4172)
(3326)
(3249)
(2790)
(2388)
(2365)
2005-07-11
As áreas de manejo florestal certificado no Pará continuam enfrentando problemas, que vão da invasão pelos chamados sem-toras a conflitos com órgãos oficiais, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama). No município de Breu Branco, a Camargo Corrêa Metais, que realiza um trabalho de manejo florestal em parte de suas terras, em parceria com a Izabel Brasil Madeiras (IBL), denuncia que há uma semana cerca de 400 pessoas invadiram a área. A Orsa Florestal afirma que seu projeto de manejo sustentável no Jari está ameaçado pelo imobilismo governamental, enquanto a direção da Cikel Brasil Verde, ao falar sobre a autuação feita pelo Ibama à empresa no valor de R$ 12 milhões, por uma possível venda de madeira sem licença do instituto, disse lamentar que a legislação parece incentivar a ilegalidade e ainda penaliza aquelas empresas que buscam praticar a lei.

De acordo com a Camargo Corrêa Metais, a Fazenda Água Azul II tem 11.280 hectares e destina 71% de sua área para atividades de manejo florestal sustentável, com certificação pelo Forest Stewardship Council (FSC). Outros 20% serão utilizados no reflorestamento que será usado como matéria-prima para abastecer os fornos da empresa, que produz silício metálico no Pará.

A empresa informa ainda que há um ano e meio tanto a CCM como a IBL estão com o acesso à propriedade impedido pelos invasores. - Nesse período, deixamos de reflorestar 20% da área reservada ao plantio de mudas de eucalipto e estamos tendo complicações na manutenção de cerca de 460 mil mudas, que já estariam plantadas se não fosse a ocupação. A IBL, por sua vez, deixou de utilizar madeira em cerca de 500 hectares - afirma Paulo Frey, diretor de logística e infra-estrutura da CCM.

Ele informa também que esta é a quarta vez que a Água Azul II é invadida em quatro anos. - Em todas as ocasiões, a Justiça determinou a reintegração de posse da propriedade e os invasores foram retirados. A exceção foi na última invasão, em 2004, quando, mesmo retirados judicialmente da fazenda, os invasores permaneceram por mais de um ano à beira da vicinal de acesso à área, interditando a passagem de pessoas, veículos e equipamentos da empresa - acrescenta Paulo Frey.

O Grupo Orsa distribuiu nota ontem, contestando os argumentos do Ibama, que diz ter dúvidas sobre a propriedade da área onde a empresa desenvolve seu trabalho de manejo florestal sustentado. Segundo a direção do grupo, por motivos políticos e oportunistas, a empresa vem sofrendo constantes pressões para que sejam interrompidos os projetos sociais, ambientais e econômicos que mantém na região. - É inacreditável - afirma ainda a Orsa - que diante das devastadoras notícias sobre o desmatamento na Amazônia, um empreendimento dessa envergadura e com a firme missão de criar um modelo de desenvolvimento sustentável esteja correndo o risco de virar pó pela omissão e inabilidade das instituições.

Já a Cikel começa por lamentar a atitude do Ibama, pois sem dúvida, é um dos maiores incentivos à ilegalidade que estamos presenciando. Segundo o diretor Manoel Dias, o índice utilizado pelo órgão ambiental para o controle de créditos de madeira não reflete a realidade operacional, já que estatisticamente é praticamente impossível que seja realizado. Ele diz que se usa um volume maior de matéria prima do que a norma pressupõe, gerando assim sobra de créditos em nossa pasta, devido a nosso rígido controle de cadeia de custódia, exigida pela certificação FSC. Dias lembra que outras empresas certificadas estão passando pelo mesmo problema, inclusive uma delas também já foi autuada. - Ou seja, quem tem o melhor sistema de controle acaba sofrendo pela falta de organização do Ibama e pela falta de procedimentos que retratem a realidade. Infelizmente, nesse e em muitos outros casos, de certa forma o sistema desestimula que as empresas permaneçam na legalidade.

- É um absurdo o Ibama supor que vendemos madeira sem documento se nada foi evidenciado no momento da vistoria. Que empresa venderia aproximadamente 2.240 caminhões de madeira sem documento e deixaria créditos sobrando em seu sistema? E como conseguiriam passar pelos postos fiscais do próprio Ibama e da receita estadual? Como que faríamos para juntar essa quantidade de caminhões de uma vez só para que fosse produzido um único auto de infração? - questiona o diretor da Cikel. (Amazônia.org.com.br, 08/07)

desmatamento da amazônia (2116) emissões de gases-estufa (1872) emissões de co2 (1815) impactos mudança climática (1528) chuvas e inundações (1498) biocombustíveis (1416) direitos indígenas (1373) amazônia (1365) terras indígenas (1245) código florestal (1033) transgênicos (911) petrobras (908) desmatamento (906) cop/unfccc (891) etanol (891) hidrelétrica de belo monte (884) sustentabilidade (863) plano climático (836) mst (801) indústria do cigarro (752) extinção de espécies (740) hidrelétricas do rio madeira (727) celulose e papel (725) seca e estiagem (724) vazamento de petróleo (684) raposa serra do sol (683) gestão dos recursos hídricos (678) aracruz/vcp/fibria (678) silvicultura (675) impactos de hidrelétricas (673) gestão de resíduos (673) contaminação com agrotóxicos (627) educação e sustentabilidade (594) abastecimento de água (593) geração de energia (567) cvrd (563) tratamento de esgoto (561) passivos da mineração (555) política ambiental brasil (552) assentamentos reforma agrária (552) trabalho escravo (549) mata atlântica (537) biodiesel (527) conservação da biodiversidade (525) dengue (513) reservas brasileiras de petróleo (512) regularização fundiária (511) rio dos sinos (487) PAC (487) política ambiental dos eua (475) influenza gripe (472) incêndios florestais (471) plano diretor de porto alegre (466) conflito fundiário (452) cana-de-açúcar (451) agricultura familiar (447) transposição do são francisco (445) mercado de carbono (441) amianto (440) projeto orla do guaíba (436) sustentabilidade e capitalismo (429) eucalipto no pampa (427) emissões veiculares (422) zoneamento silvicultura (419) crueldade com animais (415) protocolo de kyoto (412) saúde pública (410) fontes alternativas (406) terremotos (406) agrotóxicos (398) demarcação de terras (394) segurança alimentar (388) exploração de petróleo (388) pesca industrial (388) danos ambientais (381) adaptação à mudança climática (379) passivos dos biocombustíveis (378) sacolas e embalagens plásticas (368) passivos de hidrelétricas (359) eucalipto (359)
- AmbienteJá desde 2001 -