A mina de Candiota - da Companhia Riograndense de Mineração (CRM) - dobrou a produção de carvão em junho. A extração do produto passou da média histórica de aproximadamente 130 mil toneladas/mês para cerca de 250 mil toneladas/mês. O aumento da produção de carvão foi solicitado pela CGTEE para abastecer a usina termelétrica Presidente Médici, em Candiota. Segundo o presidente da CRM, João Carlos Vieira, a CGTEE solicitou a contratação extra de 518 mil toneladas de carvão até setembro. — A nossa expectativa é de que esta quantidade de carvão extraída hoje seja mantida por pelo menos outros seis meses-, afirma Vieira.

O secretário estadual de Energia, Minas e Comunicações, Valdir Andres, informa que a receita da CRM terá um acréscimo ao redor de 40% com o incremento na produção de carvão. — Tenho dito que chegou a hora do carvão. O que está acontecendo é uma reversão da tendência de descontratação da energia termelétrica no setor elétrico, especialmente após a estiagem do último verão, que colocou em risco o abastecimento de energia no Estado devido ao baixo nível dos reservatórios gaúchos-, observa o secretário.

Para atender a nova demanda, a mina de Candiota voltou a trabalhar 24 horas, em três turnos. —Precisamos salientar a dedicação e o esforço dos nossos colaboradores, que cumpriram a produção solicitada pela empresa-, enfatiza o presidente da CRM. O superintendente da Mina de Candiota, Aldo Meneguzzi Jr., lembra que as vendas de carvão para a usina Presidente Médici sofriam uma queda anual de 10%. Ele salienta que a produção anual da mina de Candiota, com esta venda extra à CGTEE, passará de 1,6 milhão de toneladas para 2,1 milhões. (Com informações da Secretaria Estadual de Energia)