Sensibilidade química leva pessoas para o Arizona
2005-07-11
Na cidade de Snowflake, no Arizona, Estados Unidos, localizada 150 milhas a nordeste de Fênix, placas de à venda têm-se tornado comuns. –Imobiliárias estão malucas por aqui, afirma Bruce Wachter, agente que atua na área. Mas no caso de algumas as residências à venda, há uma certa preocupação. Seus moradores sofrem de um tipo de sensibilidade química, uma doença que os leva a fugir para cidades remotas do deserto.
Um engenheiro eletricista de Mesa, um operador de mercado de ações de Chicago, um executivo de softwares de Santa Cruz, na Califórnia – todos eles estabelecidos em Snowflake para escapar de pesticidas e de tintas que eles dizem causar devastadores efeitos à sua saúde. Agora eles temem que as casas das redondezas possam ser compradas por famílias que queiram utilizar substâncias químicas em seus jardins, ou colocar asfalto nos locais por onde passam os carros, modificando a paisagem. –Teremos que evacuar algumas pessoas, diz Susan Molloy, que mora na área desde 1994.
O agente imobiliário Wachter, da empresa Century 21 Sunshine Realty, assinala que seu trabalho é encontrar um comprador que evite pesticidas e tintas. –Vou vender a casa, não posso distinguir entre um comprador que vai utilizar substâncias químicas e um outro que não vai utilizar, assinalou.
Snowflake tornou-se lar para pessoas que sofrem de sensibilidade química desde 1988, quando o engenheiro eletricista Bruce McCreary, chegou de Mesa. No ano anterior, segundo ele, substâncias químicas na fábrica de aviação onde ele atuava o deixaram quase que totalmente desabilitado.
Cerca de duas dezenas de outras pessoas com múltipla sensibilidade química (M.C.S., or doenças ambiental) juntaram-se a ele, e McCreary as ajudou a construir casas sem plásticos e colas que permanecem na maior parte das residências modernas. Eles compraram seus terrenos por US$ 500 a US$ 1.000 por acre. Alguns são sensíveis até mesmo a campos eletromagnéticos. (NY Times, 10/7)