Furacão Dennis afeta produção de petróleo e gás no Golfo do México
2005-07-11
O furacão Dennis deixou Cuba no sábado depois de destruir casas e deixar um rastro de ruas cheias de entulho. O fenômeno ganhou força no Golfo do México depois de ter feito pelo menos 32 mortos no Caribe. Dennis perdeu força depois de chegar a Cuba com ventos de 240 quilômetros por hora que passaram para uma tempestade de 144 quilômetros por hora. Apesar disso, ele recuperou a força assim que atingiu o mar aberto e se aproximou de Key West, a popular ilha turística na Flórida. A tempestade rumou para o noroeste e ameaçou atingir campos de petróleo e gás natural no Golfo do México, que fornece um quarto da produção dos Estados Unidos. A previsão é que o furacão atinja o continente norte-americano na região entre a Flórida e o Mississipi no domingo. As autoridades cubanas retiraram mais de 600 mil pessoas de diferentes partes do país à medida que o furacão se aproximava da cidade de Cienfuegos, na sexta-feira. Mas as medidas de segurança não conseguiram impedir a morte de dez pessoas na quinta-feira (07/07)à noite.
FORÇA DIABÓLICA
O presidente cubano, Fidel Castro, disse que a maioria das vítimas morreu devido ao desmoronamento de casas em duas cidades costeiras da província de Granma. Um bebê de 18 meses estava entre as vítimas, disse o presidente pela televisão estatal, chamando o furacão de força diabólica. Autoridades disseram que 20 mil casas foram destruídas ou danificadas. No sul do Haiti, 15 pessoas morreram quando uma ponte desabou devido ao transbordamento de um rio. O total de mortos no Haiti é de 22 pessoas, segundo autoridades locais. Fortalecido pelas águas quentes do Golfo do México, o furacão ganhou força com ventos de 168 quilômetros por hora e meteorologistas acreditam que possa ganhar ainda mais velocidade quando atingir a costa norte-americana. O governador do Alabama, Bob Riley, ordenou a retirada de 500 mil pessoas de áreas costeiras à medida que a tempestade se aproxima de uma área que foi arrasada pelo furacão Ivan, em setembro do ano passado. No Golfo do México, companhias de energia retiraram centenas de trabalhadores de plataformas e fecharam algumas linhas de produção de petróleo e gás natural.(Reuters 09/07)