Poluição em córrego causa revolta
2005-07-11
A poluição de um córrego que costeia a RS-130 preocupa moradores da Barra da Forqueta. A última estiagem agravou o mau cheiro exalado dos resíduos despejados por uma empresa próxima e por edifício residencial. A carga de dejetos é despejada depois em um arroio que
passa ao lado de uma indústria às margens da rodovia e dali segue para o Rio Taquari. Eldo José Dresel revela que um grupo de moradores mais prejudicados há muito tempo já trava uma briga para resolver o assunto. Um abaixo-assinado com 36 adesões, datado de 17 de março de 2000, foi encaminhado à prefeitura no último ano da Administração de Paulo Steiner, em que eram solicitadas providências. A única promessa não-cumprida é que seria feita uma canalização. A alegação é que a área de domínio do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) não permite qualquer obra do município. De acordo com o coordenador regional do Daer, engenheiro Jeferson Couto, a necessidade de realização de uma obra pública à beira de rodovias estaduais é autorizada, desde que acompanhada de projeto assinado por profissional responsável da área. Para isso é realizada uma avaliação técnica pelo departamento com o objetivo de evitar danos à rodovia ou à infra-estrutura já instalada, como canalizações ou de cabeamento.
O secretário municipal de Planejamento Ernani Grassi disse desconhecer o fato de agravamento da poluição. Informou que vai encaminhar o assunto ao Departamento de Meio Ambiente para que esse tome providências. Admitiu que de nada adianta instalar canalização no
local, mas o que deve ser feito é atacar o foco de poluição. O Departamento de Meio Ambiente confirmou que o caso já é do conhecimento Batalhão de Policiamento Ambiental (BPA) e da Promotoria Pública, e assegurou que providências serão adotadas.
(Informativo, 08/07)