Meio Ambiente padece em Erechim após seca
2005-07-11
Depois do período devastador que o município de Erechim passou com a seca, é mais do que necessário anteceder a solução para uma possível repetição do problema. Grupos em separado estão fazendo uma verdadeira cartilha para reeducar aqueles que ainda
não conseguiram perceber a gravidade dos problemas que só tendem a aumentar com o passar do tempo. Medidas urgentes se fazem inadiáveis. A maior parte da água
que abastece o município vem do Rio Ligeirinho, Rio Leãozinho e adicionalmente, do Rio Campo. Mesmo servindo a todos com uma utilidade vital, ao longo dos anos não foram tomados os devidos cuidados de preservação ambiental nas bacias hidrográficas destes
rios.
O Movimento Araucária de Preservção Ambinetal – Mapa, realizou um estudo que comprova a deterioração destas bacias já há muito tempo. Este estudo aponta que se hoje é necessário fazer uso da água do Aquífero Guarani é porque as bacias não se apresentam mais em
condições de uso. E o pior, fora de todos os planos de prevenção contra uma provável estiagem futura. O descaso com o meio ambiente acontece inclusive pelo descumprimento das legislações ambientais tanto dentro do município como no estado. Segundo os estudos feitos pelo Mapa, para a recuperação da área, a medida mais urgente é o reflorestamento das nascentes. A mata ciliar praticamente não existe nas margens dos rios que estão se transformando em canais por onde escorre a água que será tratada para o consumo humano. O trabalho de repovoamento florestal, feito com espécies nativas; o fechamento da estrada que corta a barragem; a dragagem e a amplição do lago; uma revisão da situação do autódramo do EAEC; a verificação das condições de saneamento e a instalação de um saneamento urbnano, são algumas das medidas emergenciais que mais capacitariam a preservação do meio ambiente.
Segundo os representantes do grupo Mapa que na próxima semana encaminharão o relatório à Promotoria Pública, a recuperação destas bacias será de fundamental importância para todos os moradores da região, que poderão ainda obter lucro através das alternativas de renda ecologicamente corretas, através de um bom serviço de extensão rural se utilizando o trabalho dos órgãos responsáveis já existentes. (Diário da Manhã, 08/07)