Bush sofre forte pressão com respeito ao Protocolo de Kyoto
2005-07-08
Tanto nas ruas como na sede, o dia de abertura da reunião do G-8 (grupo dos oito países mais desenvolvidos do planeta), 6 de julho, foi marcado por uma forte pressão sobre o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, para que mude sua posição quanto à questão do aquecimento global. Enquanto os governantes iniciavam seus trabalhos nas proximidades do Hotel Gleneagles, manifestantes e policiais protagonizavam novas cenas de pancadaria que resultaram em feridos e prisões.
Vários líderes europeus ressaltaram que apóiam o Protocolo de Kyoto, patrocinado pela ONU e que estabelece limites para emissões de gases. O documento já foi ratificado por mais de 140 países, mas não é reconhecido pelos EUA, que abriga 4% da população mundial e é responsável por 36% de todo o dióxido de carbono produzido pela humanidade. - O tratado não é renegociável, disse o primeiro-ministro britânico, Tony Blair.
Segundo o presidente da Comissão Européia, José Manuel Durão Barroso, já existem provas científicas suficientes de que a emissão de gases está alterando o clima do planeta. Bush, porém, embora tendo admitido ontem, durante sua visita à Dinamarca, que a superfície da Terra está se aquecendo e que a atividade humana contribui para agravar esse problema, destacou: - Explicarei aos nossos amigos da Europa que Kyoto teria devastado nossa economia.
Durante uma entrevista coletiva após encontro com o primeiro-ministro dinamarquês, Anders Fogh Rasmussen, o governante norte-americano justificou sua posição, alegando que, - por razões de segurança nacional e econômicas, os Estados Unidos precisam diminuir a sua dependência de combustíveis fósseis. (CP, 7/7)