AIE: pacto em torno da eficiência energética deve ser global
emissões de co2
2005-07-08
A resposta ao desafio da mudança climática deve ser global, levando em conta as preocupações dos países em desenvolvimento, segundo o diretor-executivo da Agência Internacional de Energia (AIE), Claude Mandil. Na véspera da cúpula do G-8, na última quarta-feira (6/7), Mandil disse que o primeiro – ministro do Reino Unido, Tony Blair, reconheceu o problema global ao convidar para o encontro os líderes de Brasil, China, Índia, México e África do Sul.
– Nada pode ser conseguido apenas dentro do G-8 ou dos países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). O desafio da mudança climática deve ser enfrentado mundialmente – afirmou Mandil, em artigo publicado pela AIE. O diretor- executivo da AIE advertiu que se nada for feito as emissões de dióxido de carbono (CO2) aumentarão em 605 até 2030, em conseqüência do aumento da população, do consumo energético per capita e dos combustíveis fósseis. – A maior parte do aumento das emissões nos próximos 25 anos acontecerá nos países em desenvolvimento. No entanto, 1,4 bilhão de pessoas continuarão sem acesso a eletricidade em 2030 – disse Mandil. – Temos que começar a agir já – sentenciou o diretor da AIE, ao defender em primeiro lugar, uma maior eficiência energética.
- A eficiência energética tem dividendos duplos ou triplos, já que além de reduzir as emissões de CO2, melhora a segurança do abastecimento de energia e pode contribuir para o crescimento econômico – explicou. Mandil afirmou que a economia do petróleo pode ajudar a aliviar as pressões nos mercados ao frear a demanda e ajudar a diminuir o preço da matéria-prima em até 15%. O diretor da AIE disse que ao longo prazo existe um acordo geral e que serão necessários avanços tecnológicos em setores como a energia renovável eficiente, a nuclear (como uma solução aceitável para a gestão de resíduos), o transporte e o uso de energia. (GM, 07/07)