Técnicos da Seia/BA descartam contaminação em aterro sanitário
2005-07-07
Técnicos do Centro de Recursos Ambientais (CRA) da
Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Bahia
(Semarh) descartam a contaminação de águas subterrâneas
causada pelo aterro sanitário central em Salvador (BA),
denunciada recentemente àquele órgão ambiental. Conforme
denúncias de populares, o aterro estaria, através de seu
chorume, contaminando as águas subterrâneas e superficiais e
provocando assoreamento do riacho Itinga de Fora, que
contorna praticamente todo o aterro.
A equipe do CRA formada pelos técnicos Geni Urpia (
bióloga); Cristiane Tosta (engenheira sanitarista); Rita
Góes (Engenheira Química) e Wilson Rossi (geólogo) percorreu
toda a área do aterro, na última segunda-feira (4/7),
acompanhada pelos supervisores da empresa responsável pela
gestão do aterro Battre -Bahia Transferência e Tratamento de
Resíduos, João Fortuna e Fabio Andrade.
Durante mais de quatro horas de vistoria, os técnicos não
constataram, aparentemente, nenhum vestígio de vazamento de
chorume. Inclusive salientaram que o líquido que corre de
uma calha e que vai dar no rio Itinga de Fora se trata de
águas da chuva. Segundo eles, as águas estão barrentas em
virtude de obras que a empresa está realizando no
local.
Com relação ao assoreamento, os técnicos verificaram vários
pontos do riacho Itinga de Fora com aterramento em função
da erosão provocada pelas fortes chuvas que ocorreram nesse
período, bem acima da normalidade. Porém esse fato foi
comunicado pela empresa ao CRA, sendo motivo de inspeção. Na
época, a empresa contratou uma empresa de consultoria, a
qual fez um Plano de Recuperação das Área Degradadas
(Prad), que foi encaminhado ao CRA e no momento está sendo
analisado.
Já quanto à questão da poluição das águas subterrâneas e
superficiais pelo chorume, o CRA está aguardando o relatório
do ex-consultor da Battre, Joselito Oliveira Alves,
apresentado ao Ministério Público para confrontar com os
dados fornecidos pela empresa Batter. Essas análises são
realizadas pela Cetrel e são encaminhadas ao CRA. Durante a
visita, os técnicos não verificaram nada de irregular,
aparentemente, nas águas do riacho.
(Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos da
Bahia, 6/7)