Bases operativas vão reduzir desmatamento
2005-07-06
Um investimento na ordem de R$ 12, 3 milhões está
sendo feito pelo Ministério do Meio Ambiente para a
criação de Bases Operativas na região oeste do Pará,
com o objetivo de reduzir o desmatamento. O diretor
de Proteção Ambiental do Instituto Brasileiro de Meio
Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama), Flávio
Montiel, fez o anúncio do investimento durante visita
a Santarém no meio da semana. Montiel disse que a
aquisição de equipamentos de última tecnologia está
sendo providenciada, e que em alguns municípios estes
equipamentos já estão em funcionamento.
Entre os equipamentos, segundo informou Montiel, estão
câmeras digitais, aparelhos de Sistema de
Posicionamento Global (GPS) e lep-tops, que estão
sendo distribuídos e devem garantir o fortalecimento
da gerência regional do Ibama e dos escritórios nos
municípios, que dispõem de estrutura precária. -
Todos estão recebendo veículos e programas que podem
ajudar a fazer o mapeamento e a identificação do local
desmatamento e quando ele ocorre. Isso vai dar mais
agilidade para o Ibama - disse Montiel.
Segundo o diretor, o presidente do Ibama, Marcus
Barros, está convocando 60 novos analistas fiscais que
pertencem a outras regiões do País para atuar no
combate ao desmatamento ilegal na Amazônia. A vinda
desses novos fiscais está prevista para o segundo
semestre deste ano, segundo informou Montiel. Ele
garante que isso vai melhorar o atendimento no órgão,
que tem sido motivo de muitas reclamações.
Dificuldade - Após o anúncio do afastamento do chefe
da Divisão de Controle de Autorização para Transportes
de Produtos Florestais (ATPFs), José Geraldo, o setor
madeireiro parou novamente na região. Segundo
informações de fontes do Ibama, Geraldo, que
desempenhava a função há cerca de um ano e seis meses,
continua freqüentando o local de trabalho, mas não
assina a liberação das ATPFs.
José Geraldo pediu afastamento em caráter irrevogável
após denúncias de que ele havia recebido propina. Ele
disse que se sentiu prejudicado com as denúncias e
promete não retornar ao cargo enquanto o setor
jurídico do Ibama em Santarém não tomar providências.
- Em princípio, deu o que falar e muitos chegaram a
pensar que fui afastado pela gerência. Muito pelo
contrário: pedi meu afastamento e espero que o
problema que me levou a isso seja solucionado - disse.
A falta da assinatura dele impede que produtos
extraídos de forma legal sejam conduzidos para
exportação. Fontes disseram ainda que o gerente do
órgão, Paulo Maier, diz que tudo está sendo feito
normalmente, apenas com lentidão, porque os
funcionários que assumiram o setor ainda não
conseguiram atender a demanda com a mesma eficiência
do ex-chefe da divisão. Uma reunião entre a gerência
do Ibama e madeireiros, marcada para hoje, às 10
horas, deverá definir a situação do setor.
(Amazônia.org, 05/07)