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2005-07-06
O parlamento europeu votou ontem (5/7) em favor do banimento permanente de substâncias químicas em brinquedos infantis, seguindo preocupações relativas aos riscos à saúde que essas substâncias podem causar. Os ftalatos – principais alvos da medida – estão ligados a danos ao sistema reprodutivo e ao aumento do risco de asma e câncer. Eles também são utilizados na fabricação de lubrificantes e solventes, sendo encontrados em cosméticos, equipamentos médicos, tintas e material de empacotamento.

Já havia sido aprovado um banimento temporário dos ftalatos na Europa, desde 1999. Crianças que colocam na boca e mastigam brinquedos de borracha ou plástico contendo ftalatos absorvem-nos através da boca. Os fabricantes de brinquedos criticaram a proposta, apontando que, segundo sua avaliação, essas substâncias químicas são seguras.

Contudo, um estudo da Universidade de Rochester, em Nova Iorque, publicado em maio deste ano, descobriu que a exposição a essas substâncias está ligada ao risco de anormalidades genitais em bebês do sexo masculino. Pesquisas anteriores realizadas com animais sugerem que os ftalatos podem danificar o sistema reprodutivo pela disruptura do nível hormonal.

Segundo John Bowis, um membro do parlamento europeu de linha conservadora, ninguém vai morrer por colocar produtos contendo ftalatos na boca, mas, potencialmente, existe uma ameaça carcinogênica. –É por isto que, sob princípio de precaução, com aconselhamento científico, toma-se uma ação, acrescentou.

Os membros do parlamento europeu votaram pelo banimento de seis tipos de ftalatos em brinquedos de crianças. Três deles foram totalmente banidos, e os outros terão barreiras ao uso em brinquedos que as crianças possam pôr na boca.

A Comissão Européia irá estabelecer um guia sobre como o banimento será implementado. Também irá conduzir uma revisão no uso de ftalatos e de outros produtos, particularmente em dispositivos médicos. Os membros do parlamento também aprovaram a revisão quanto ao uso de fragrâncias em brinquedos infantis. (Fonte: BBC News, 5/7)

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