BM&F cria pregão para créditos de carbono
2005-07-05
A BM&F aguarda regulamentação do Banco Central referente à internalização das divisas dos créditos de carbono e à tributação dos recursos. Futuramente a negociação na BM&f poderá ser estendida também para projetos fora do mercado de Kyoto, como ocorre na Chicago Climate Exchange (CCX). Empresas brasileiras do setor florestal – Aracruz Celulose, Suzano Papel e Celulose, Klabin e Votoranton Celulose e Papel (VCP) – participam do pregão americano. - A BM&F quer organizar um ambiente de mercado transparente e com visibilidade, para tornar eficiente o processo de venda de créditos – diz o chefe do departamentos de projetos especiais, Guilherme Fagundes. O banco de dados vai abranger projetos de MDL valiados pela Autoridade Nacional Designada (AND), ligada ao Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), e as chamadas intenções do projeto.
A linha de base – diferença entre o nível de emissão com e sem a implantação do projeto – deverão ser descritas, enquanto os investidores interessados farão o registro de intenção de compra.
O ministro Roberto Rodrigues citou dados do Banco Mundial de que o agronegócio brasileiro poderá arrecadar US$ 160 milhões com o mercado de créditos de carbono. A negociação de créditos de carbono tem potencial para movimentar US$ 4 bilhões em todo o mundo. A Embrapa está fazendo a mensuração do sequestro de carbono nas atividades agrícola, pecuária e de florestas. (GM, 05/07)