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2005-07-05
No sul do Amazonas o chamado estoque do desmatamento - ou seja, áreas já devastadas que estão sendo incorporadas pelo avanço da fronteira agropecuária – parece ter chegado ao fim, indica pesquisa sobre desmatamento nos doze municípios do sul do estado. - Os dados preliminares mostram que não existem mais áreas degradadas a serem ocupadas. Todo o avanço agora será justamente em cima da vegetação primária: da floresta e das savanas naturais - alerta Samuel Wainer Cavalcante e Silva, chefe da Divisão de Análise Ambiental do Centro Técnico Operacional de Manaus (CTO-Manaus) do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam). O levantamento realizado pelo Sipam foi divulgado no dia 1º de julho.

O estudo mostra que, em 2003, as áreas já parcialmente degradadas pela ação do homem respondiam por uma parcela significativa da área total desmatada. Em Boca do Acre, Apuí e Guajará, elas representavam mais da metade de área destruída. Em 2004, porém, em todos os municípios pesquisados, as áreas de vegetação primária representaram mais de 80% do local de ocorrência do desmatamento.

A pesquisa também indica que, em 2004, houve um aumento médio de quase 16% na área desmatada no sul do Amazonas, que saltou de 6.926 para 8.238 quilômetros quadrados.

Alta tecnologia é usada para desmatar sul do Amazonas
Os responsáveis pelo desmatamento no sul do Amazonas estão utilizando tecnologia avançada para destruir a floresta. - É visível nos nossos levantamentos que o pessoal que está grilando terra dispõe de equipamentos sofisticados. Não se pode abrir na floresta uma clareira com formato perfeito de um retângulo cujos lados medem 30 e 20 quilômetros sem usar sensoriamento remoto - afirma Samuel Wainer Cavalcante e Silva, chefe da Divisão de Análise Ambiental do Centro Técnico Operacional de Manaus (CTO-Manaus) do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam). O órgão divulgou no dia 1º de julho pesquisa inédita sobre o desmatamento em 12 municípios da região.

Outra evidência apontada por ele é a existência de grandes áreas desmatadas em locais distantes dos eixos rodoviários. - A fronteira agropecuária não se movimenta mais de forma linear. E isso só acontece graças ao avanço da tecnologia - diz. O estudo realizado pelo Sipam indica que, em 2004, houve um aumento médio de quase 16% na área desmatada no sul do Amazonas, que saltou de 6.926 para 8.238 quilômetros quadrados. A pesquisa utilizou: imagens do satélite Landsat 5, que têm resolução de 30 metros, tiradas em 2001, 2003 e 2004; imagens de 2004 do satélite CCD/CBRS, com resolução de 20 metros; imagens captadas também no ano passado por um sensor SAR, com resolução de seis metros, instalado em uma aeronave. (Amazônia.org, 04/07)

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