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2005-07-05
Foi dado o pontapé inicial para a criação de áreas de proteção ambiental na Capital. O Diagnóstico Ambiental de Porto Alegre - estudo que servirá de base para um futuro projeto - foi apresentado como resultado de uma parceria entre a Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Smam) e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Uma das revelações do diagnóstico é a de que um terço do território da Capital (cerca de 160 quilômetros quadrados) apresenta pouco impacto ambiental (pouca intervenção do homem). Além de servir como base para áreas de proteção do ambiente, o estudo tem outra aplicação prática: facilitará licenciamentos e fiscalizações ambientais.

Ao longo de 10 meses, uma equipe de pesquisadores do Departamento de Ecologia da UFRGS analisou mapas e cruzou informações para elaboração do diagnóstico. O resultou foi a criação de sete mapas temáticos: vegetação, ocupação urbana, unidades geológicas, unidades geotécnicas, solos, drenagem superficial e sentido da água subterrânea nos bairros.

O estudo permite um detalhamento até então inexistente. Na prática, significa um avanço em relação ao Atlas Ambiental. - Antes, os mapas possibilitavam a visualização de uma mancha verde identificando o Parque Moinhos de Vento, por exemplo. Agora, será possível verificar o tamanho do parque e o tipo de vegetação que lá existe - exemplifica o professor do Departamento de Ecologia da UFRGS Heinrich Hasenack, coordenador do projeto.

De acordo com Hasenack, os dados compilados ainda não foram analisados. Esse será o próximo passo do estudo, que permitirá comparações em anos futuros com os dados obtidos agora. - No futuro, saberemos se é significativo o fato de um terço da área da cidade apresentar baixo impacto ambiental. Hoje não temos como fazer essa análise - disse Hasenack. Ontem, o secretário da Smam, Beto Moesch, reuniu funcionários da secretaria para reforçar a importância em utilizar os dados no dia-a-dia da secretaria. - Queremos transformar o diagnóstico em uma bíblia. Este trabalho vai facilitar uma série de coisas, como a liberação de licenciamentos e a criação de áreas de proteção do ambiente natural - avalia o secretário. Em breve, as informações serão disponibilizadas na Internet.

Por que é importante
Organizadores apontam três aspectos fundamentais do projeto:
- Facilitar a fiscalização e a realização de licenciamentos
- É o primeiro passo para a futura criação de áreas de proteção de ambiente natural
- No futuro, realizar comparações com as informações obtidas nos mapas hoje. (ZH, 05/07)

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