Caixa destina R$ 18,8 mi para plantios no RS
2005-07-01
O Programa de Financiamento Florestal Gaúcho da CaixaRS Fomento Econômico e Social (Proflora CaixaRS), desde o lançamento pelo Governo do Estado, em abril de 2004, patrocinou a recobertura florestal de uma área de 13 mil hectares no Rio Grande do Sul, que, somados aos 55 mil hectares já assumidos pela Votorantim e pela Aracruz, asseguram a realização de 50% da meta estipulada: implantação de 120 mil hectares de novas florestas até 2006. Para tanto, a CaixaRS está oferecendo R$ 18,8 milhões a investidores isolados no Rio Grande do Sul para aplicação em 216 projetos, entre aprovados e em processo de análise pela área técnica da instituição.
O objetivo da instituição, com o apoio do BNDES, é sustentar o desenvolvimento da cadeia produtiva de base florestal no estado. Enquanto o mercado internacional atinge a soma de US$ 300 bilhões em produção de florestas plantadas, a participação do Brasil é de apenas 1,5% deste total. O número corresponde a 100 milhões de metros cúbicos ano para um consumo de 300 milhões de metros cúbicos ano. No Rio Grande do Sul, a situação não é diferente. O plantio anual de mudas - 20 mil hectares - florestais é insuficiente para garantir o abastecimento da indústria de transformação de madeira, com ênfase para os segmentos de papel e celulose, móveis, energia, compensados e aglomerados. O setor registra consumo anual de 50 mil hectares, tornando necessária a aquisição de matéria-prima nos mercados de Santa Catarina e do Paraná.
O Proflora CaixaRS atende a demanda da cadeia produtiva com apoio nos estudos fornecidos pela Associação Gaúcha de Empresas Florestais (Ageflor) e alcança financiamento para o plantio de três espécies: pinus, acácia negra e eucalipto. Produtores rurais e investidores privados são os principais tomadores do crédito oferecido pelo Proflora CaixaRS, com valor limitado a R$ 150 mil por projeto individual anual, sobre o qual incide taxa de juros de 8,75% a.a, sem correção monetária, e o pagamento deverá observar prazo de amortização de até 12 anos, com oito anos de carência. (Celulose Online, 30/6)