O IAP - Instituto Ambiental do Paraná multou, na sexta-feira (1/7), a Sociedade Navieira Ultragás Ltda., proprietária do navio chileno Vicuña, que explodiu em 15 de novembro de 2004 no Porto de Paranaguá (PR). A multa de R$ 10 mil por dia, incidindo a partir desta sexta-feira, se deve ao não cumprimento de exigência do órgão para aumento do efetivo que trabalha na retirada do óleo ainda existente na Ilha da Cootinga, na baía de Paranaguá. A Ilha está localizada na chamada “área 3”, por onde passou grande parte do óleo que vazou do navio após a explosão.

— Há mais ou menos 20 dias, fizemos duas notificações exigindo que a empresa aumentasse o efetivo de 60 pessoas para quatro equipes com 100 integrantes. Não fomos atendidos. Então fizemos uma reunião em conjunto com a Defesa Civil e Ibama e demos mais um prazo, que também não foi respeitado. Então agora, diante de tantas recusas, a multa será cobrada diariamente até que as medidas necessárias sejam tomadas - disse o presidente do IAP, Rasca Rodrigues.

Rasca afirmou ainda que uma área de 1.068 metros quadrados da ilha está gravemente afetada por óleo no solo, subsolo e pedras. — Mesmo depois de tantos meses do acidente, o mar vai distribuindo o óleo aos poucos, por isso é uma coisa que tem que ser sempre monitorada. Isso vai demorar ainda muitos anos para ser resolvido - afirmou o presidente do ógão.

No dia do acidente, em 15 de novembro de 2004, o navio Vicuña estava carregado com 14 mil toneladas de metanol e explodiu após o descarregamento de 9 mil toneladas do produto. (TudoParaná, 01/07/2005)