Empresa compensa crime ambiental reflorestando Mata Atlântica
2005-06-30
Um processo judicial por crime ambiental resultou em acordo envolvendo a empresa acusada, o Ministério Público Federal em Santos e o posto da Fundação Nacional do Índio (Funai), de Peruíbe, que permitirá o reflorestamento de parte da Terra Indígena Rio Branco, em Itanhaém (litoral sul de São Paulo), e o início de um programa de desenvolvimento sustentável que será importante para a sobrevivência da comunidade indígena da etnia Guarani.
A idéia do MPF é que este caso seja o projeto-piloto para estimular e servir de modelo para acordos semelhantes em outros processos criminais na região. O objetivo é preservar e ampliar a flora original da Serra do Mar, com a contrapartida também de servir para a subsistência da comunidade indígena. A empresa infratora, sediada em Itanhaém, além de obrigada a recuperar a área degradada de acordo com a lei de crimes ambientais, foi punida com a prestação de serviços à comunidade e deverá entregar quatro mil mudas de espécies nativas da Mata Atlântica, sendo duas mil delas de palmito natural da região. As mudas serão plantadas na Terra Indígena Rio Branco e servirão para um programa de desenvolvimento sustentável implantado pela Funai e pelos indígenas.
Este instrumento legal, previsto na lei de crimes ambientais, é conhecido no meio jurídico como transação penal. O acordo foi assinado na última quinta-feira e a empresa tem 30 dias para entregar as mudas à Funai. (Eco Agência, 29/06)