Biotecnologia usa plantas contra a poluição nos EUA
2005-07-04
No sítio de uma ex-fábrica em Danbury, Connerly, nos Estados Unidos, árvores de algodão alteradas geneticamente sugam o mercúrio do solo contaminados. Na Califórnia, pesquisadores utilizam mostarda transgênica indiana para a limpeza de depósitos perigosos de selênio. Existem também outras plantas alteradas geneticamente para reter mais carbono e, portanto, combater o aquecimento global.
Esses experimentos visam a, num futuro próximo, a utilização de plantas de modo barato para combater a poluição. –As árvores são de fato feitas para isto, nós apenas as ajustamos para este propósito, disse Richard Meagher, cujos estudantes, da Universidade de Geórgia, foram a Danbury, em 2003, para integrar este avançado experimento, ao ar livre, nos Estados Unidos, envolvendo árvores modificadas geneticamente para limpar a poluição.
Biólogos, por décadas, têm tentado explorar mecanismos genéticos para deixarem seres microscópicos sobreviverem em locais poluídos onde a maioria dos seres vivos morre. Além disto, em 1980, a Suprema Corte permitiu o chamado patenteamento da vida, o que lançou a indústria da biotecnologia centrada em bactérias geneticamente modificadas para a limpeza de vazamentos de petróleo.
Insetos ou microorganismos alterados geneticamente, em sítios poluídos, conseguem desdobrar elementos como mercúrio em substâncias não perigosas, de modo que pesquisadores têm se voltado para a biotecnologia para a limpeza do solo. (ABC News, 3/7)