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2005-06-30
Uma pesquisa feita pelo grupo financeiro Allianz em parceria com o WWF Internacional indica que empresas do setor financeiro terão que avaliar sistematicamente os riscos de aquecimento global. Essa preocupação com as mudanças climáticas está diretamente ligada ao rápido crescimento dos danos ligados ao efeito estufa.

— O resultado da pesquisa é muito importante, já que o setor financeiro poderá ter um papel fundamental na redução das emissões de gás poluentes e na fomentação da eficiência energética e de energias renováveis-, diz Denise Hamú, Secretária Geral do WWF-Brasil. A Allianz – uma das maiores seguradoras e instituições financeiras do mundo – prevê que os prêmios de seguros poderão subir para cobrir os riscos financeiros associados ao efeito estufa.

— Para as seguradoras, o aquecimento global aumenta o potencial de danos a propriedades, de 2 a 4% ao ano. Em alguns casos, isso pode resultar num custo final mais alto, já que as modalidades de seguro precisam ajustar-se à crescente gravidade das mudanças climáticas-, diz Andrew Torrance, CEO de Allianz Cornhill, subsidiária britânica do grupo. A Allianz prometeu aumentar seus investimentos no setor de energia renovável em de 300 milhões a 500 milhões de euros nos próximos cinco anos.

Em preparação para a cúpula do G8, que acontecerá entre os dias 6 e 8 de julho em Glenagles, na Escócia, o WWF Internacional e a Allianz fizeram um apelo aos líderes das nações participantes para que adotem medidas a longo prazo para reduzir o efeito estufa. O G8 reúne os sete países mais industrializados do mundo (EUA, Canadá, Japão, França, Alemanha, Grã-Bretanha e Itália) e a Rússia. O Brasil participará do encontro como convidado.

— As empresas precisam assumir sua parcela de responsabilidade, mas para que isso aconteça é preciso estabelecer uma direção política clara a longo prazo-, diz Denise Hamú. “O Presidente Lula deve apoiar uma coalizão global entre os maiores emissores do mundo para manter o aumento do aquecimento global abaixo de 2 graus. É preciso também lançar um grande plano de ação e de investimentos em eficiência energética e de luta contra o desmatamento, baseado no Protocolo de Kyoto-.

As mudanças climáticas e a pobreza na África são as duas grandes prioridades do próximo encontro do G8. Apesar disso, o governo dos EUA ainda questiona os argumentos de cientistas sobre o aquecimento da atmosfera causado, em grande parte, pela queima de combustíveis fósseis como carvão, petróleo e gás natural. (Com informações do WWF)

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