Enquanto na maioria das províncias mineiras da Argentina as autoridades enfrentam oposição de grupos ambientalistas pela possível contaminação que essa atividade produz, o governo busca incentivar novos processos produtivos com tecnologias limpas. Neste sentido, foi firmado, na última sexta-feira (1º/7), pela Secretaria de Mineração da Nação, pela empresa interestatal Yacimientos Mineros Agua de Dionisio (YMAD) e pelo Conselho Assessor da Produção Mineira (Caseprom) um acordo para promover o desenvolvimento da mineração artesanal.

O objetivo do acordo é a obtenção de ouro em baixa escala de produção. As tarefas são realizadas, majoritariamente, por pequenos empreendedores do interior do país, principalmente de comunidades aborígenes, que o fazem como meio de subsistência.

O acerto baseia-se em estudos do órgão de mineração nacional sobre as diversas zonas com potencial em recursos auríferos para a produção primária. E também na identificação de mais de 400 famílias que praticam o garimpo do ouro em regiões como La Puna. Nesses casos, geralmente o mineral é obtido de areias dos leitos dos rios, sendo utilizado o mercúrio para a sua recuperação. Segundo o secretário da área, Jorge Mayoral, é necessário incentivar a produção primária, com condições favoráveis de mercado, mas desestimulando o uso de mercúrio como um todo, num acordo de tecnologias com sustentabilidade ambiental. Os minerais serão processados nas instalações do Complexo Industrial de Farallón Negro e Catamarca. (Clarín, 3/7)