Custos altos são entrave para geração alternativa
2005-06-29
Mesmo prevista em lei, uma segunda etapa do Programa de Incentivo a Fontes Alternativas (Proinfa), do governo federal, só deve ser confirmada a partir do próximo ano - e sua conclusão está prevista para 2018. Uma das principais explicações para a cautela mantida pelo governo para avançar rumo ao objetivo de ter 10% da matriz energética do país formada por energias alternativas é o custo. Conforme dados apresentados pelo diretor da Eletrosul Ronaldo Custódio, enquanto um megawatt hora (MWh) de geração hidrelétrica custa US$ 33, os gastos com energia eólica alcançam US$ 85,50.
É com base nessa estimativa que a introdução dessas fontes na matriz energética brasileira teve de ser feita via subsídios, diz Custódio. O programa, que garantiu a compra de 3,3 mil megawatts (MW) pela Eletrobrás, por um prazo de 20 anos, exigiu investimentos de R$ 10,4 bilhões. Uma das beneficiadas foi a alemã Wobben, que instalou fábrica de aerogeradores (equipamento que transforma a força do vento em energia elétrica) em Sorocaba (SP) e Pecém (CE). Da unidade paulista sairão os aerogeradores do parque eólico de Osório (RS). O gerente de vendas da unidade, Ciro Ruiz, descarta a instalação de uma fábrica no Estado em curto prazo: - A idéia é de que a indústria de São Paulo atenda ao Sul.(ZH, 28/06)